13. Não tema o cachorro

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Tasya

— Você está me dizendo que Clarissa está atrás da sua irmã, que ela é a mãe de merda que xingamos sem parar quando bebemos? — me pergunta Aleksandra, quando confirmo, sua expressão muda totalmente. — Tinha que ser alguém podre como ela.

— Então, o que me diz?

— Está pedindo a minha opinião sobre matar ela? Porque sabe que gosto de realizar seus desejos — fala e rio mais alto, chamando a atenção de Nikolai, que estava muito empenhado em fazer os gêmeos dormirem. Faço um pequeno gesto pedindo desculpa antes de olhar para minha parceira de novo. — Vai ser do jeito que você quiser.

— Gostaria de ir direto para a violência, sabe que a aprecio, mas talvez seja melhor tentar um diálogo, um muito semelhante com o que ela tem usado para coagir meu pai — digo. Ela aperta os lábios juntos cruzando os braços e se inclina para trás com sua cabeça se recostando suavemente no encosto, pondera sobre que tipo de conselho seria o melhor a me dar.

— Está querendo evitar um grande conflito, tem medo de complicar mais as coisas? — pergunta-me e me lê como uma bandida que pode me fazer ficar de joelhos se quiser. Bastarda que amo.

Porém, não posso negar que as chances dessa confusão se tornarem gigantes são grandes demais e gastamos um esforço imenso para descobrir quem está por trás da Scorpio, nos jogar no meio de um tumulto desse não seria o melhor.

Não obstante, tenho medo de que passe a afetar a Jasmine de alguma forma. Se fizer com que Clarissa entenda que não pode se aproximar, posso impedir a minha irmã de ter o desprazer de conhecer uma mulher como ela.

— Não quero que Jasmine acabe ferida no meio disso, é a única coisa que me importa de verdade — digo, pois são palavras que não posso mudar, não interessa quanto tempo passe, esse será meu maior desejo.

— Não temos medo de quebrar alguns ovos na hora de cozinhar, não interessa quem sejam, não podem agir desse modo somente por acreditar que podem pegar o que desejam.

— Então está dentro caso queira entrar na casa deles de fininho para botar fogo neles?

— Conte comigo — articula ligeiro. — Contudo, testar o terreno pode ser uma boa ideia, saber se ela está agindo sozinha ou se seu marido tem a ajudado. Não vejo aquele homem querendo que uma filha de fora do casamento seja trazida a sua casa. Ele tem pensamentos horríveis sobre questões menores, não quero imaginar o que se passa na cabeça dele nesse caso.

— É ótimo poder contar com você — murmuro e ela apenas faz uma expressão estranha dizendo sem abrir a boca que isto não é nada demais para que se torne motivo para um elogio. — E como foi a lua de mel?

— Incrível, e Nikolai amou o presente que lhe dei — revela e não consigo deixar de sorrir quando sei que nesse momento, Valéria está sendo muito bem tratada na prisão da família Sokolov para que abra a sua boca para contar o que queremos saber sobre a Scorpio. — Não foi querido?

— Não me chame assim, sinto um frio na espinha quando o faz — fala Nikolai sem se preocupar com o que estou ouvindo.

Aleksandra começa a rir por gostar demais de o provocar desse modo e ele sempre cai como se fosse a primeira vez. Pelo visto algumas coisas nunca vão mudar entre esses dois.

— Não sei muito bem o que está acontecendo, mas fique tranquila, podemos ajudar no que for preciso — me garante.

— Fico feliz de querer me ajudar, mas imagino que ter um Sokolov no meu pé oferecendo ajuda já é o bastante, não quero nem ajuizar sobre qual seria a cara do seu irmão se dissesse que aceitei algum auxílio seu — discorro.

Contrato de honra - Série Família Sokolov - Livro 2 - RETIRADA 28.11.2024Onde histórias criam vida. Descubra agora