CAPÍTULO 18

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POV JÃO

Ver o Pedro mexe muito comigo, e não deveria me sentir assim. Ter que ignora-lo parte cada sentimento de meu coração. Não aguento mais isso.
Após terminar a dança com a princesa, deixo ela perto do bar e discretamente pego uma garrafa de vodka e vou em direção a saída do salão principal.

Me encosto na porta, e pego meu celular. E mando as quatro malditas mensagens. Eu sou um monstro.

Vejo pelo reflexo do piso lustrado, Pedro pegando o celular. É minha hora de fugir, vou correndo para o meu quarto porque sinto que algo está prestes a explodir. Não demora 5 segundos para que Pedro venha atrás de mim gritando meu nome.

-EI, JOÃO… - eu continuo andando, mas agora em passos largos enquanto ele continua atrás de mim. - O QUE ACONTECEU?

Subo as escadas as presas, pulando alguns degraus, sigo escutando sua voz ecoar. Puta merda, puta merda.

Finalmente chego ao meu quarto, mas antes de fechar a porta, Pedro coloca sua mão na pequena fresta que sobra e entra no aposento comigo. Isso não deveria estar acontecendo, como eu vou contar para ele? Eu não posso…

-Porra…Por que você ta agindo assim? - ele diz trancando a porta do quarto. -Que mensagens eram aquelas João?

-Amor, eu não…eu não posso mais… - digo pausadamente pois não sei o que dizer. -Tudo está nas mensagens Pedro, é só você ler! - volto a postura ereta e séria.

-Mas…Por que…- a voz dele está trêmula,engolindo as lágrimas. -Qual é o problema? Pensava que você me amava…

Eu me calo na hora, não sei o que dizer, isso dói tanto em mim quanto nele.

-Eu sou o problema, Pedro.
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POV PEDRO

-Se o problema é você, por que tá doendo em mim, João? - falo com firmeza encarando seu rosto, e apontando minhas mãos para meu peito.

-Eu não sei… - ele vira de costas para mim enquanto as palavras saem da sua boca.

-Você só sabe dizer isso? - digo indo para frente dele novamente. Em meu rosto há uma tristeza, um misto de emoções, não sei se choro ou se grito ou se só saio correndo.

-É…-ele abaixa a cabeça.

-Eu simplesmente não entendo…- ele tenta me interromper colocando as mãos em meus ombros. -Não João Vitor, agora eu vou falar e você vai escutar. - tiro as suas mãos do meu corpo. - Você literalmente terminou comigo por mensagem, pra piorar você terminou algo que nem tinha começado direito! - a medida que falo e vou aumentando a voz, seu rosto se torna frio e seu maxilar tensionado, vejo que há uma garrafa de vodka em sua cômoda, acho que isso ajuda-o a ficar tão bem perante a uma situação como essa.

-Pe… - antes que ele fale algo o interrompo.

-CALA A BOCA. - grito e ele semissera os olhos, feito um cão abandonado. -Você não teve a capacidade de me procurar para dizer essas merdas que você me mandou NESSA PORRA DE TELEFONE!!!! - jogo meu celular no chão, mas ele não quebra, infelizmente. -Eu achava que você era real, que NÓS…- infarizo o “nós” e pego fôlego.- QUE NÓS ÉRAMOS REAIS JOÃO. - digo com a voz tremula, mas me contenho para nao chorar.

-Pedro… eu nã… - não o permito dizer nada.

-Agora você tem a oportunidade João, fala na minha cara. - aponto para minha face. -Fala pra mim, agora, que não sente mais nada. - meu olhar é frio feito o gelo e o seu, o seu está como o fogo, tentando esquentar algo impossível.

AU PEJÃO- foge comigo?Onde histórias criam vida. Descubra agora