Rubro Sonserino: A Pedra Filosofal

Sensação de Algo Errado

Oioi amores tudo bom?

Esse capítulo tá menor que a média, mas acho que ainda da pra vcs aproveitarem

Espero que gostem, boa leitura!

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“Por que está demorando tanto?!”

Não entendia o porquê daquele sentimento, apenas sabia que sentia. Tudo estava meio embaçado e escuro, como se sua visão tivesse ficado torta. Não conseguiu ver muita coisa além do alçapão onde aquele cão enorme de três cabeças ficava. Os latidos eram altos e ameaçadores, mas não sentia medo. A única coisa que sentia era uma frustração estranha.

Abriu os olhos, simplesmente acordando. Suspirou, ainda tentando convencer seu subconsciente de que foi apenas um sonho. Não foi um pesadelo, apenas ficou incomodado. Talvez, estivesse pensando demais naquele bicho.

Para a sua infelicidade, o sono pareceu sumir assim que começou a pensar sobre. Esfregou os olhos e olhou em volta. Todos estavam dormindo e o dia ainda demoraria para amanhecer. Tentou ficar um pouco mais deitado na cama, esperando o sono vir, mas falhou. Acabou se sentando. Cetro, deitado aos pés de Draco, abriu os olhos e o observou, mas logo voltou a dormir. Queria ter aquela sorte, de acordar e continuar com sono. Nari também dormia ao seu lado, com os olhos abertos, já que as cobras não têm pálpebras. Fez um leve carinho nela, com cuidado para não assustá-la, e se colocou a olhar a janela.

As janelas da comunal da sonserina eram esquisitas. Teoricamente, sequer deveria ter janelas ali, já que estavam abaixo de um lago. Porém, talvez, os alunos antigos reclamassem muito do abafamento e os professores arrumaram algum feitiço para deixar o ar entrar. Eram pequenas, mas dava para ver uma pequena parte da floresta. Não saberia dizer como aquilo era possível, gostaria de saber qual feitiço foi usado.

Distraído com como conseguiram fazer uma janela debaixo de um lago, se assustou ao ver duas silhuetas passando do lado de fora. Pelo visto, um adulto e uma criança. A criança em questão, no entanto, tinha cabelos muito volumosos e cacheados.

— Hermione?... — cochichou para si mesmo. Por que ela estava lá e quem estava a levando? Ela estava sozinha com um adulto? Ou tinha visto errado?

Já nem via mais sua figura, mas a agonia continuou. Gostaria de sair dali e ir ver o que estava acontecendo e, com certeza, o faria se conseguisse passar pela janela, mas não conseguia. Não ele…

“Nari”, chamou, balançando a cobra. “Nari, acorda, eu preciso da sua ajuda”.

A cobra resmungou e mexeu a cabeça. Se ela tivesse pálpebras, com certeza teria piscado os olhos. Ela olhou para o dono, contraindo o corpo.

“O que foi?”

“Você pode ir até a floresta proibida?”

“Agora?!”

“Agora! Eu acho que a Hermione está indo para lá e quero saber o porquê”.

“Quem é Hermione?”. Ela se afastou, mostrando sua reprovação.

“Uma menina da enigma. Aquela que eu falei sobre o trasgo”.

“E você quer que eu vá ver ela agora?”, perguntou de forma irônica.

“Quero que me confirme se é ela… E o que ela está fazendo”.

“Eu não acredito que você me acordou por causa disso…”