Ariana é uma menina pobre no Arizona, vivendo uma vida repleta de problemas e turbulências, onde ela não consegue enxergar um final feliz para sua história. Até que, um dia, sua irmã consegue uma oportunidade de levar ela e sua outra irmã para Atlan...
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se eu te dissesse que te amo diga-me o que você falaria? se eu dissesse que eu te odeio você iria embora?
THE BEACH | THE NEIGHBOURHOOD
Seus lábios nos meus, nossas respirações se misturando, suas mãos em minha cintura e as minhas em sua nuca. O mundo ao nosso redor parecia desaparecer, e tudo que eu conseguia sentir era a intensidade daquele momento. Meu coração parecia explodir no peito, uma mistura de alegria e terror.
Deus, o que eu estou fazendo? A realidade parecia distorcida, como se estivéssemos em um sonho, um momento que não poderia ser real, que parecia impossível de acontecer. Quando a maldita falta de ar veio, a vergonha e o arrependimento se seguiram como um furacão, devastando tudo em seu caminho.
— É... Eu acho melhor você ir embora. — Falei, a voz trêmula. — Você nem deveria estar aqui... Isso foi um erro. — Não conseguia olhar em seus olhos, sentindo o peso das minhas palavras.
"Ninguém irá te amar." "Ninguém irá te amar." "Ninguém irá te amar." "Ninguém irá te amar."
Essas vozes ecoavam na minha mente, como um mantra sufocante. Isso não deveria ter acontecido. A ideia de que eu poderia ter estragado tudo me deixava em pânico.
— Sério? Vai fingir que nada aconteceu agora? — Ele se sentou na cama, a expressão carregada de confusão e dor.
Ele parecia magoado, e isso me cortava por dentro. Eu sou uma merda. Sou um problema, e nunca daríamos certo.
— Jaden... E-Eu... Merda. — Me perdi em palavras. Quais são as chances de eu não magoar ele? Nós apenas nos beijamos, mas havia algo mais ali, um sentimento que eu não conseguia definir.
— Você quer ficar comigo? — Ele perguntou, e eu evitei olhar em seus olhos, a insegurança me dominando. — Ariana, olhe para mim. — Ele segurou meu rosto com as mãos, e a intensidade do seu olhar fez meu coração acelerar. — Você quer ficar comigo?
Eu não sei. A incerteza me consumia, e como eu explico isso?
— Eu preciso de tempo. — A frase saiu num sussurro, quase como se eu estivesse com medo de ser ouvida.
— Tempo? — Sua expressão mudou, e eu percebi que ele estava se fechando. — Eu não deveria ter te beijado, não é? — Ele me olhou nos olhos, a dor visível. — Porra, sou um idiota.
Ele se levantou, e um impulso me fez segurar seu braço, não querendo que ele fosse embora.
— Eu nunca gostei de ninguém, nunca fiquei com alguém... É estranho, entende? — Fui sincera, as palavras saindo de mim como um desabafo. — Eu tenho um puta medo.
