Ariana é uma menina pobre no Arizona, vivendo uma vida repleta de problemas e turbulências, onde ela não consegue enxergar um final feliz para sua história. Até que, um dia, sua irmã consegue uma oportunidade de levar ela e sua outra irmã para Atlan...
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Nada pode me matar como você Você vai direto para minha cabeça e eu estou indo em direção ao limite (e eu estou indo em direção ao limite) Eu escolhi meu veneno e ele é você
POISON | RITA ORA
Já iria fazer mais ou menos um mês desde a mudança, e estava tudo indo bem. Estranhamente, isso me deixava desconfiada, pois minha vida parecia ter uma tendência a se desgraçar a qualquer momento. Mas, em partes, era verdade, já que, tirando todos os pesadelos que me atormentavam e as implicâncias do Jaden Walton, o momento mais emocionante da minha vida até ali tinha sido aquele acidente bizarro de bater o mindinho na porta. Mas, tudo bem, isso era parte da vida.
Minhas amizades estavam se revelando um verdadeiro remédio para mim, especialmente as de Scar, Jayla, Shay e Kylee. Essas malucas me faziam um bem danado, uma alegria que não sentia há muito tempo. Eu realmente desejava que um dia Scar pudesse conhecer as meninas, mas estava preocupada porque ela andava bem estranha nos últimos dias. Da última vez que conversamos, ela me contou que estava passando por problemas sérios no relacionamento e parecia tão perdida e triste, como se estivesse navegando em mares turbulentos.
Eu tinha medo de perguntar diretamente sobre isso, pois não queria deixá-la desconfortável, então, decidia fazer o melhor que podia para alegrá-la. Recentemente, comprei um livro que ela queria muito e até uma lâmpada de gatinho, pensando que talvez isso pudesse ajudar a trazer um sorriso ao rosto dela. No entanto, tem sido uma tarefa difícil, pois a tristeza dela parecia uma sombra que não se afastava.
E assim como em todos os dias, eu estava tranquila, meditando como sempre, até que Angel apareceu de repente.
— Jayla está nos chamando para ir à casa dela tomar banho de piscina — disse Angel, com um brilho no olhar.
— Piscina? — arregalei os olhos, surpresa com a ideia.
— É, mas como conheço você, não tem problema ficar fora da água — ela respondeu, sabendo que eu não era fã de nadar.
As meninas sabiam muito pouco sobre a história do dia em que nosso pai morreu, pois eram bem novinhas quando o incidente aconteceu. Para elas, a lembrança era de que ele estava me ensinando a nadar, mas para mim, era um momento marcado por abuso e dor. Após aquele dia fatídico, nunca mais fui à praia ou à piscina. Elas também evitavam esses lugares, por conta dos trabalhos e da nossa mãe, que agia de forma bem maluca.
— Vai ser legal, vamo? — Angel perguntou novamente, tentando me animar.
— Ok, ok, eu vou — respondi, sentindo um pouco da animação dela contagiando-me.
