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— Alguma notícia do Kaio? — pergunto ao cabelinho.
— Os tiros não foram graves, vai ficar em observação. — ele diz .
— Como essa porra aconteceu? Quem subiu na minha favela e atirou em um dos meus. — digo baforando a fumaça da maconha.
— Isso não aconteceu aqui na favela, chefe! Ele estava chegando na comunidade de carro. — diz
— Mesmo assim, ousadia do caralho. Quem atirou era conhecido e eu vou descobrir.
Eu prometi para Letícia que tudo ocorreria bem no batizado do garoto, primeiro foi o atraso dela, todos esperando na igreja e ela não chegava, vou buscar eles, ela vem com papo estranho que não posso ser padrinho do Noah, antes de me da uma explicação ficamos sabendo do atentado do Kaio.
— Você precisa descançar pô, ficar aí não vai adiantar muito. — digo vendo ela sentada na recepção do postinho
— O Noah ficou com sua mãe, vou buscar ele e depois vou pra casa. — diz com a voz cansada.
— Vai ficar sozinha não! Ainda não sabemos que fez essa merda com o Kaio, por questão de segurança vocês ficam lá em casa. — digo abraçando ela.
— Obrigada, Ret.. — passo a não no aqui cabelo.
Ta tudo estranho, esse atentando, é muita ousadia!
To me sentindo mal pra Caralho com toda essa situação, estou sendo um filha da puta com o Kaio, pegando a mulher dele, não da mais pra ficar assim.
Tenho que me afastar, preciso anular tudo que sinto pela Letícia.
— Noah está dormindo no quarto do Filipe. — minha mãe fala.
— Vou subir e ficar com ele. — Letícia diz.
Acendo um cigarro e vejo Dona Vanda na maior paz com tudo que acabou de acontecer.
— Ta envolvida nisso? — questiono
— Prova? — ela fala
— Na moral mãe já estou cheio de B.O pra resolver não vou admitir birra da Sra. — falo puto de raiva.
— Eu sou sua mãe! Então fala baixo Filipe Ret. Tem muitas coisas acontecendo por aqui e você não tem noção. — Diz
— Me fala então! — cruzo os braços.
— Eu sei que você está com a Letícia, é notório que você está apaixonado pela mulher do teu "amigo"— argumenta
— Isso vai acabar! — digo.
— Sabemos que não, ela é sua meu filho.
— Ela tem marido, família! E não sou eu. — falo pagando a chave do meu carro.
— Deixa de ser cabeça dura, filho.
— Ela me falou que gostaria de ficar na casa da sua mãe até o Kaio ficar melhor, amanhã levo eles. — digo.
— Você está sendo um idiota! — fala saindo.
Eu preciso acabar com esse sentimento, e pra isso preciso me manter afastado da Letícia e só Noah isso vai facilitar bastante.
Decidi passa a noite com a Agatha, vejo a camisa que estou e vou até meu quarto trocar de roupa e vejo a Letícia dando de mamar sentada na cama.
— Se precisar de alguma coisa me avisa, vou precisar sair agora. — digo.
— Ret, precisamos conversar. — ela diz.
— Estou apaixonado por você, na verdade estou querendo uma vida que não é minha, tô querendo um filho que não é meu, tô querendo nós! Então eu preciso me afastar. — falo pegando uma camisa.
— Então ta bom.. — ela diz.
Ela se levanta ainda com o Noah em seu peito ela sai pegando sua mochila e jogando algumas coisas dentro, eu puxo a bolsa fazendo ela parar.
— Você não vai sair daqui! — digo.
— Precisamos nos afastar né? Me deixa ir por favor. — diz.
— Preciso proteger a família do meu amigo. — digo pegando o Noah.
— PARA Com esse papo de família, quando estávamos transando você não pensou em nada, só foi lá e fez! — ela fala em um tom mais alto.
— Letícia vai descansar. — digo
— Vou ficar na casa dos meus pais. — fala com os olhos cheio de lágrimas
— Podemos falar sobre isso amanhã, hoje vocês ficam aqui, meu afilhado não vai sair por aí na madruga.
— Aí filho... — ela fala vendo a roupa dele suja.
— Deixa que eu troco ele, vai tirar essa roupa. — vejo ela suja de xixi.
— Eu faço isso! — ela fala e eu nego.
— Acho melhor da um banho nele, tira a fralda e a roupa e traz ele aqui pra mim. — ela diz indo preparar o banho do meu pequeno.
O moleke já me olha rindo, tento tirar a roupa dele, que negócio complicado, tiro de um lado e outro fica preso.
— Operação de guerra.. — falo tentando tirar esse negócio.
— É só olhar Filipe .... — Escuto a voz da minha mãe.