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Eu posso falar com prioridade que já sentir medo na minha vida, mais agora o pavor toma conta do meu corpo, o medo de quando o Kaio descobrir sobre a paternidade do Noah, quando ele descobrir que já fiquei com seu amigo, isso me apavora eu sei do que ele capaz de fazer.
Sei exatamente o tipo de ser humano que ele é, já aguentei tudo de mais escroto da sua parte , mais com o meu filho eu não suportaria,agora resta pra mim implorar que o Noah seja realmente filho do Ret, pois sei que ele vai proteger o meu filho de qualquer um, qualquer coisa que possa ser uma ameaça, O Ret não irá permitir nada encostar no seu "filho".
— Vamos lá! — Dona Vanda fala entrando no quarto. — o pessoal só laboratório chegou.
Ontem o Ret não me deixou ir até o hospital ver o Kaio.
— O Filipe está aí? — pergunto.
— Ele nem dormiu, passou a noite na varanda e quando o dia amanheceu já foi providenciar o exame. — ela fala pegando o Noah.
— Será que ele vai me perdoar? Eu não quería colocar vocês nessa Situação, sei que o Ret é amigo do Kaio. — Digo.
— Não temos nada que te perdoar, você nos trouxe o Noah! Esse exame só vai acontecer por um pedido seu, Filipe e eu como vó tenho plena certeza que ele é um Macedo. — brinca.
Fomos até a sala onde uma equipe e alguns itens de laboratórios já estavam em cima da mesa, Filipe de cara fechada anda de um lado para outro falando irritado com alguém no radinho.
— Bom dia. — ele passa só meu lado e fala.
Pega o Noah em seus braços e começa a brincar com o garoto.
A coleta do material demorou pouco, daqui a sete dias o resultado sai e até lá não sei como vou aguentar, a verdade é que eu nem sei como vai ser o meu dia de amanhã, estou apenas existindo ou tentando sobreviver.
— Você vai precisar ver o Kaio, o Noah não vai! — ele diz seco
— Acho melhor eu ir logo, posso falar com a Dona Vanda pra olhar o Noah. — digo.
Ele passa a mão no cabelo platinado e balança a cabeça negando.
— Sozinha? — ele questiona. — Não vou te deixar ir sozinha, vou trabalhar e a noite vamos no postinho.
— Não é um boa ideia!— digo.
— Conheço o Kaio, não vou deixar ele alterar contigo, e pra não acontecer uma merda é melhor eu te acompanhar.
— Certo..
Eu espero um tchauzinho mais simpático, um beijo na testa ou as piadas safada que ele faz, mais isso não aconteceu!
Como ele pediu eu fiquei em casa o dia inteiro.
Dona Vanda precisou sair para resolver umas coisas e talvez nem volte hoje, a casa está rodeada de vapores fazendo nossa segurança.
— O chefinho Ret me pediu pra vim aqui te fazer companhia — Yure fala entrando na casa
Dou um sorriso vendo meu amigo vou em sua direção dando um abraço no garoto que fica me empurrando.
— Ai amiga eu gosto de bofe, essa a proximidade com mulher me deixa doente. — ele fala e eu fico rindo.
— Obrigada por vim.. — digo.
— Cadê o Noah?
— Acabou de mamar e está dormindo.
— Me diz que agora vai largar de vez o embuste de kaio, amiga tua vida é aqui. — ele diz.
— Posso te falar algo? Mais preciso de sigilo absoluto..
— O Noah é filho do chefinho Ret?! — ele diz parecendo óbvio. — Amiga ta na cara que esse menino é do Ret, sempre achei, só não queria falar para não piorar a sua situação com o Kaio.
— Eles tem o mesmo sinal, amigo. — falo empolgada.
— A lindeza vem de família, agora me fala que vai largar o embuste e se jogar nos braços do Chefe da Rocinha. — diz
— Yure, ele não sabe e nunca vai saber sobre o que o Kaio fazia, as agressões, ameaças e até o jeito que ele me obrigava a.. — quando iria terminar de falar escuto a voz do Ret.
— O jeito que ele te obrigava a fazer ? Fala Letícia — a voz do Filipe ecoa pela sala.
