1 - O mortal, uma escolha e o Deus.

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O MORTAL...

Mais uma manhã que nasce e eu estou totalmente atrasado para levar Helena para a escola e chegar no trabalho, aos 27 anos de idade e ainda sou horrível com horários se fosse quando aí da era novo não teria problemas a não ser mapear os padrões do chefão final no Play piratão de madrugada, infelizmente não tenho tido tempo pra isso essa vida de adulto responsável não é mole.

- Amor, bom dia! Clara estava de folga do plantão hoje então ia dormir até tarde. - Amor vou usar seu carro pra levar a Helen, volto mais tarde quando terminar o trabalho. Clara respondeu aos murmúrios que tudo bem e me disse para tomar cuidado. - Tá bom até a tarde meu bem.

Me levantei deixando Clara na cama e saí andando pelo quarto e enquanto pegava minhas roupas, acabei tropeçando nos chinelos no chão do quarto e ainda acertei o dedinho na cômoda, era um ótimo começo de dia aquele já acordarva até a alma, nem o chuveiro gelado era tão eficaz assim. Desci as escadas correndo tinha que estár no trabalho às 8:30 ou meu chefe me olharia com sua cara de maracuja de gaveta e diria " Quer que eu pare o tempo pra você se atrasar com calma?". Helena me esperava furiosa sentada na sala, ela já estava pronta. - Espero que tenha uma boa desculpa, ou a coordenadora ira me fazer entrar só na segunda aula pai! Ela estava totalmente emburrada só corri para o banho dando um sorriso como quem diz desculpe para ela, depois de terminar fui para o carro.

- Vamos Helena , irei correr então aperte o sinto.

- Pai!

- Oi Helena.

- Não esqueceu nada?

- Está tudo aqui, não espera... o meu celular, vou ir buscar.

- Espere, tome aqui.

- Aonde estava?

- Você deixou ele na mesa antes de ir pro banheiro.

- Sério, obrigado filha, sem você e sua mãe minha cabeça estaria lá no Japão.

- De nada seu grande bobão!

Aquela sexta estava bem agitada e realmente não era meu dia, eu estava engarrafado por 40 minutos, mas após conseguir um trajeto livre o carro estragou só podia ser brincadeira, tive que parar o carro porque ele simplesmente desligou, enquanto eu tentava o que podia para dar a partida, Helena começou a me gritar, não dei muito ouvidos, até ela me agarrar.

- Merda!!

Foi a única coisa que pude gritar antes do caminhão vir com tudo e nos atingir, fomos jogados para fora da pista e caímos através do barranco em uma área de pasto, depois de hora eu acordei, dolorido e sem conseguir me mexer além de todo aquele sangue, eu estava totalmente desorientado tinha cacos por toda a parte a buzina do carro tocava ao longe e minha visão estava turva, olhei pelo parabrisa e fiquei desesperado vendo Helena caída no chão fora do carro.

- Elena está me ouvindo, Elena responda!!

Por mais que eu gritasse, ela não respondia as lágrimas escorriam do meu rosto e por mais que estivesse doendo eu tentava arrastar meu corpo todo ensanguentado para fora do carro, mesmo sabendo que estava preso nas ferragens, mas o que realmente me importava era ir até Elena, eu ainda tive forças para dar um último grito com todas as minhas forças antes de apagar totalmente.

- HELENA, HELENA, POR FAVOR ALGUÉM AÍ SOCORRO!!!

O DEUS...

Quando abri meus olhos já não estava mais no carro ou em qualquer outro lugar que fosse de meu conhecimento, e por mais que ainda estivesse com aquelas imagens do acidente, helen tudo na minha cabeça eu me senti estranhamente calmo, como se aquilo fosse algo que simplesmente acontece

As Crônicas dos Nove, O Trono da Discórdia. (Reedição)Onde histórias criam vida. Descubra agora