2 - Uma promessa de sangue.

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Damies,

Já se passaram 7 anos desde que reencarnei e o Deus esquisitão não deu sinal de vida, acho melhor assim já que tive tempo de sobra para aprender a coisas desse mundo a magia, língua, até as habilidades com armas que realmente demandam tempo e esforço, bem eu nasci em uma tribo de vikings eu fiquei contente, mas logo descobri que eu não sou filho de meu pai, não sei dos detalhes ainda mas sei que sou sobrinho de Merkia, a mulher que eu achava ser uma empregada é na verdade uma prisioneira concubina de meu pai, descobri isso a uns dois anos, e também fiz minha fama na aldeia.

Meu pai veio treinar comigo, e como sou péssimo em habilidades de armas resolvi usar magia, já que estava treinando para surpreender a todos, e realmente surpreendi, só que de forma negativa, não sábia mais o povo daqui acha magia um truque para fracos, eles são vikings e dependem somente de suas forças e habilidades do tipo, meu pai, mãe e o resto da vila passaram a me olhar torto e se afastarem, até sofro bullying já que não tenho um corpo forte ou pareço com um viking, sou péssimo com armas e ainda uso magia.

- Jothor venha ainda temos a tarde para treinar, pare de olhar para o nada!!

Mas sabe tem pessoas aqui que me fazem tão bem que nem me importo com os demais, uma dessas é a filha do chefe, Circe ela é como o sol ou melhor como o próprio brilho escarlate dos guerreiros dessa vila, com seus 10 anos de idade ela já é tida como uma promissora guerreira, a filha do chefe Yhort o caçador de reis. Diferente de mim que sou visto como um fracasso para minha família, tenho até um apelido aqui Jothor o temeroso fracassado filho de Thorgh o tempestuoso, meu pai virou motivo de chacota já que ele poderia ser o chefe da vila caso Yorth resolvesse se aposentar.

- Estou indo Circe!

- Me chame de mestra seu menino atrevido, ou quer tomar uma bronca!

- Não, me desculpe mestra, como vamos treinar hoje?

- Hoje iremos treinar seus movimentos e controle, suas perninhas tremem tanto que irão chamar o inverno mais cedo.

- Está bem mestra.

- Escute nem pense em usar seus truques de bruxa para se proteger ou atacar!

- Mas eu não tenho armas!

- Venha, pegue minha espada de madeira.

- Mas é você mestra como irá lutar?

- Me ataque pequenino Jothor!

- Está certa disso?

- Ande logo, ou irei pegar a espada e usarei ela eu mesma!!

Olhei para a espada de madeira e firmei minhas mãos um pouco trêmulas, estava um pouco exitante mas Circe estava com a guarda aberta me encarando, aproveitei a deixa e comecei a correr determinado em sua direção para acertar uma estocada nela, e em um estante eu estava no chão, ela realmente era boa e bem ágil, me levantei bati a poeira peguei a espada e avancei sobre ela novamente, não durei muito. Depois de tanto atacar e ela esquivar enquanto eu recuperava o fôlego, ela me olhou com um misto de indiferença, furia e desapontamento, em uma envestida minha ela tomou a espada e daí em diante até o fim do treino eu levei uma surra!

- Jothor levanta desse chão, já está a horas assim desde que terminamos o treino!

- Mestra sabe de uma coisa eu sinto pena dos bonecos de palha que você usa para treinar.

- Haha para um viking você é muito chorão, não esquece que você pediu para treinar comigo!

- Eu sei bem disso mas eu não sabia que uma viking é monstruosa assim!

- Hahaha, como eu gosto de você Jothor, quer dizer... você é um bom aprendiz.

Olhar esse por do sol mesmo todo dolorido, se torna tão bom quando estou com Circe sentir a brisa do vento e escutar esse som das ondas nas encostas, Circe se você soubesse que está linda com esses cabelos ruivos voando livres e contrastando com o por do sol alaranjado. A beleza desse brilho escarlate me traz um conforto tão bom, é quase como se eu estivesse com minha outra família, falando neles...

As Crônicas dos Nove, O Trono da Discórdia. (Reedição)Onde histórias criam vida. Descubra agora