12 - Sementes da primavera.

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Damies,

O jantar estava bem farto, acho que por ser primavera os condimentos estavam bem frescos pelo menos os que eram colhidos nessa época de plantio, e mais farto que a comida era a minha exaustão por causa do treino com Rose, do mesmo jeito que minha barriga estava cheia de comida meu corpo estava cheio de hematomas apesar de dolorido não era algo ruim ou melhor um mal necessário por se dizer, era quase hora de deitar Aya e Lucille já estavam dormindo Astride e Merkia também estavam vem sonolentas, na real todos estávamos loucos para cair na cama e dormir. Pensei em me despedir e ir para o quarto mas lembrei que Rose queria falar comigo então a chamei para saber o que era.

Nos saimos para fora e ficamos na parte de trás da casa de frente para a orta e a saída do vilarejo encostado sobre o simples cercado da varanda. - Damies você realmente quer entrar para a guilda, ser um aventureiro? Rose me perguntou enquanto olhava para a lua solitária no céu noturno, respondi que sempre foi um objetivo meu, um sonho, Rose me olhou com um sorriso franco mas sutil, eu notei que ela demonstrava um pouco de preocupação.-Rose você também é aventureira? Perguntei a ela,- Bem ainda tenho a licença mas não aceito mais trabalhos que não sejam sobre dar aulas. Rose continuo falando disse que eu certamente seria bom como aventureiro mas deveria repensar sobre isso, fiquei atento sobre suas palavas.

-Damies eu não tenho muito direito de dizer coisas assim, mas sabe ser aventureiro apesar do apoio da guilda é algo muito injusto e perigoso, além de sempre nos causar dor. Olhei para Rose que parecia pensativa enquanto olhava para o céu e perguntei porque ela achava isso, quer dizer eu sabia dos riscos mas queria saber seus motivos. - Mies bem, as coisas podem não ser como esperamos pode acontecer de termos quedas que não poderemos levantar, nunca contei mas olhe esse cajado. Olhei e parecia um cajado normal com pedras de magia e coisas do tipo. - pode parecer um simples cajado mas tem algo de especial nele para mim, ele é tudo que restou da minhas aventuras o resto são só lembranças, esses colares são dos meus falecidos companheiros e o povo que criou ele também já não existe mais foram mortos por perseguidores. Fiquei bem surpreso com o que ela me disse e ela continuo a falar. - O pior não é nem o fato deles estarem mortos, o que mais dói e estar aqui e saber que quando se tive a chance eu não fui suficiente para manter eles bem, logo eu a grande feiticeira da lua minguante que todos conhecem. Rose parecia bem deprimida e eu não tive dúvidas disso ao ver lágrimas começando a escorrer de seu rostos enquanto ela tentava manter um sorriso.

Ali eu percebi que de fato ela se importava comigo, mas além disso ela tinha problemas com seu passado, bem não tinha como as experiências dela serem a exemplo ou iguais pra mim pelo menos em parte, mas eu entendi bem o que ela queria dizer. Eu também me peguei pensando na vila viking, Circe e todo aquele acontecido.- Rose Bem sei que não será como eu espero sobre ser aventureiro, bem e se me permite dizer algo acredito que se temos pessoas que se foram temos que seguir adiante honrado eles em vida. Rose ficou em silêncio por um momento. - Você não acha que é cruel demais carregar isso, honrar que já se foi em vida sabendo que você poderia ter feito bem mais quando estavam vivos. Isso foi bem forte eu fiquei sem saber o que dizer e então peguei a mão dela, ela me ilhou com os olhos lacrimejando e com uma expressão vazia e cansada. - Seja cruel ou não, agora é p que temos que fazer ou melhor podemos fazer, sonhos e planos tudo isso agora está vivo em você, mas não quer dizer que seja obrigada a faze los, você só deve viver como sempre viveu. Rose me olhou por alguns segundos em silêncio antes de se afastar.- Bem isso é verdade, me desculpa por fazer você ouvir essas histórias de uma mulher chorona. Rose secava suas lágrimas e parecia um pouco aliviada. Rose escute não te acho chorona, escuta não sei se te ajudo afinal sou bem inexperiente comparado a você mas se quiser conversar ficaria grato em te ajudar, as vezes eu também preciso de momentos assim. Rose sorriu sutilmente me olhando. - O que é isso está me chamando de velha?

As Crônicas dos Nove, O Trono da Discórdia. (Reedição)Onde histórias criam vida. Descubra agora