i guess we'll never learn

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- Amor?

Harry abriu a porta vagarosamente, enquanto ajeitava sua mochila nas costas. Sorriu fraco ao ver o namorado sonolento no sofá - o móvel havera chegado em alguns dias atrás - coberto por um grosso cobertor marrom escuro.

- Lou? - mordeu o lábio inferior enquanto observava-o.

- Você me deixou lá esperando. - sua voz era brava, e ele dugia do olhar culpado de Harry, observando um filme aleatório na TV.

- Desculpa. - murmurou, ajoelhando-se no chão enfrente ao sofá para poder encarar o namorado. Depositou um leve beijo nas bochechas coradas do mesmo, e não sentiu nem o mínimo dos sorrisos repuxar em seus lábios; pelo contrário, a expressão de Louis continuara séria e magoada. - Lou, desculpa...

- Desculpa... - Louis riu anasalado. - Deve ser muito fácil, pra você, vir aqui e pedir desculpas quando eu que fiquei lá igual um palhaço esperando por você. Eu realmente acreditei que nada iria mudar, Harold, e que nós não íamos acabar ficando mais distantes, que sempre seríamos aquele casalzinho apaixonado. Eu fui burro. Não precisa se desculpar. Apenas vá nos treinos que tiver que ir, só não prometa coisas que não pode cumprir, tá?

- Louis, poxa, o que você queria que eu fizesse? Eu pensei que iria dar, e não deu. Imprevistos acontecem.

- Tanto faz.

- Tanto faz? Não, não é tanto faz porque agora você está bravo comigo por algo que eu não pude prevenir.

- Não pôde prevenir? Talvez se você, uma vez na vida, pensasse e saísse da droga do treino pra encontrar com a droga do seu namorado. Desculpas não resolvem porra nenhuma, Harry!

- Eu não acredito que está bravo por algo tão besta.

- Besta? Ah, certo, obrigado por me avisar que acha um encontro comigo "algo tão besta". É claro, não é? Afinal, o que é mais importante do que seus treinos de natação? - ele tinha um misto de ironia e mágoa na voz - Falta pouco para as regionais! Então você está disposto à tratar seu namorado como "algo tão besta", não é? Tudo bem. Como eu disse: tanto faz. Eu vou ir pra cama.

Louis se levantou do sofá de couro, indo em direção ao quarto dos dois, se deitando na imensa cama e fitando o teto por alguns segundos antes de fechar os olhos.

Certos minutos depois, sentiu um lado da cama afundar, e fingiu estar dormindo quando notou a presença de Harry ali. Styles, portanto, pareceu nem ligar apenas fechando os olhos e se preparando para dormir.

- H-Harold? - Louis chamou num murmúrio.

- O que é? - Styles bufou, já se preparando pra outro longo sermão.

Tomlinson não respondeu, apenas levando a mão do namorado sobre sua barriga. Styles sorriu ao perceber o bebê chutar.

- Parece que nossa garotinha vai ser uma grande lutadora de kung fu - Harry tinha um sorriso bobo estampado em seu rosto, olhando para sua mão e a de Louis sobre a barriga dele.

- Ou garotinho. - Louis corrigiu, arqueando uma sobrancelha. Franziu a mesma quando o sorriso de Harry se desfez. - O quê?

- Hm...

- Harry Edward Styles, não me diga que-

- Desculpa. Eu estava morrendo de curiosidade! - ele riu, balançando a cabeça negativamente.

- Deus, eu falei pro médico não contar! - Louis forçou uma expressão brava, sorrindo logo depois. - Então nós vamos ter uma garotinha?

Harry assentiu fraco.

- Nossa filha - Louis tinha lágrimas nos olhos enquanto encarava a própria barriga.

- Desculpa por tudo. Eu prometo que vou tentar compensar hoje, tá? - Harry murmurou. - Eu não quero dormir brigado com você...

- Tudo bem. - Louis sorriu, se aninhando à Harry. - Só, por favor, não faça isso de novo. Eu fiquei preocupado.

- Certo. Eu prometo. - Harry suspirou e observou Louis pegar no sono.

Ele se deu conta do quão se preocupava com Louis; do quanto queria vê-lo sorrir, do quanto queria fazê-lo sorrir. Do quanto odiava vê-lo triste, e faria qualquer coisa pra por um sorriso em seus lábios.

Se deu conta do quanto o amava, e teria que dar seu máximo para preservar isso.

pressure » l.s. [mpreg]Onde histórias criam vida. Descubra agora