24 - O aniversário

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Pov Sirius Black

Era estranho ver o rosto de Roxy em meio às minhas aulas. Nunca imaginei que ela iria querer retornar. Eu a observava sempre, notando o quanto ela era uma aluna dedicada. Por que nunca percebi isso antes? Ao menos agora eu percebo. E nesses dias, ela tem feito amizade com várias garotas de sua turma. Mas o que me irrita são dois garotos dos quais ela fala o tempo todo e as vezes até se junta a eles: Cedrico Diggory e Davi Salvatore. Irritante tamanha afeição.

Sempre a Roxy chega acompanhada desse tal Salvatore e ele sempre está carregando as coisas dela. E aí quando não é ele, é Cedrico Diggory. O lufano parece ter mais da atenção dela do que qualquer outro!

E agora, que estou no jardim, vejo os dois debaixo de uma árvore, conversando. Harry passa por mim, me dando um sorriso e seus amigos apenas dizem "oi". Vejo Draco correndo para perto de Roxy, o que me alivia no momento e me faz torcer para que ele não saia dali. Então me viro e vou a sala da tia Minnie, quer dizer, da professora Minerva, já que ela havia me pedido para ir para lá. Ao chegar, dou duas batidas na porta e ela grita de dentro para que eu entrasse.

- Como posso ajuda-la?

Ela sorri para mim e se levanta, trazendo um papel.

- Temos algumas alunas órfãs e bem, você quer adotar uma. Aqui estão elas. Todas disponíveis para adoção.

Pego e olho as imagens. Haviam fotos de seis garotas e suas informações. Uma delas ganhou mais minha atenção, por ter cabelo rosa. Eu então logo sorri e disse:

- Acho que já encontrei minha filha. - E mostrei qual das garotas era.

- Oh! Uma nascida trouxa. Seus pais iriam adorar isso!

Comecei a rir imediatamente.

- Que se revirem no túmulo. Ela é minha filha.

- Bem, vou chamar o pessoal do orfanato para uma reunião em Hogsmead. Mas agora, falaremos com ela. - Então Minerva saiu do lado de fora e dez segundos depois, pediu um aluno para chamar a garota. - Ela virá.

Fiquei eu então ali, conversando com Minerva, recebendo dela um carinho maternal que só me lembro de ter tido de Euphemia, quando ouvimos batidas na porta. A garota de dezesseis anos entrou, meio sem entender nada. Puxei a cadeira para que ela se sentasse ao meu lado.

- Querida, temos uma boa notícia. Apareceu alguém querendo adota-la!

A menina parecia surpresa e seus olhos estavam fixos em Minerva.

- Será que um trouxa irá aceitar que eu...

- É um bruxo que quer adota-la. - Disse Minerva.

- No caso o bruxo sou eu, querida. Sempre quis muitos filhos e bem, acho que já passou da hora de encher mais a casa. Vamos dar um jeito na papelada e quando o ano acabar, você vai ter uma casa bem cheia te esperando, com muito amor. E agora você tem um pai e uma irmã que irão te amar para sempre. Se você quiser, claro.

- Eu... eu quero! - Então a pequena se levantou e me abraçou. Ela chorava e eu, bem, eu chorei junto. - Obrigada professor.

- Não precisa me chamar de professor e quando se sentir confortável em me chamar de pai, eu ficarei feliz. Bem-vinda a família Black, Isabella. E qualquer coisa que quiser ou precisar, pode me pedir. Logo mais te apresentarei a Luna e aos outros. Acho que a Tonks irá adorar você quando te conhecer...

Isabella sorriu para mim e eu sai com ela da sala de Minerva. Fiquei um bom tempo conversando com ela e vendo o quanto minha filha era extraordinária. Mas quando fui apresenta-la para Roxy, supondo que elas não se conheciam, Isabella a cumprimentou alegre e ambas falavam sobre algo que me fez notar que eram amigas. Mas quando eu a apresentei como minha filha, Roxy me abraçou apertado, depois abraçou a menina e disse que ela era muito bem-vinda a família.

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