Capítulo 18 - Filho, Tod e fotos

445 43 16
                                    

Ao ouvir o coração do meu filho pela primeira vez eu sinto uma grande alegria dentro de mim e por um momento eu esqueço tudo o que vem acontecendo comigo por minha culpa e por culpa da Kanya.

-Está ouvindo bebezinho? É o coração do nosso filho. -Kanya fala chorando e seguro sua mão.

-Não chore Kanya. -Falo e ela concorda com a cabeça.

O exame termina e voltamos para a sala da médica.

-O bebê de vocês está crescendo forte e saudável e a mamãe também está bem porém eu vou recomendar uma atividade fisica leve, algumas vitaminas e uma dieta mais balanceada para que essa boa fase perdure até o fim da gestação. -A médica fala e concordamos com a cabeça.

Kanya começa a fazer algumas perguntas para a médica e enquanto as duas conversam eu fico pensando no que fazer agora que a gravidez da Kanya foi confirmada.

-E sobre sexo doutora? Está liberado? Precisamos ter algum cuidado? O Joong as vezes é bem intenso na cama. -Ouço a pergunta da Kanya e olho para ela.

Me sinto enojado pela forma que ela falou sobre a minha intimidade e também me sinto a merda de um troféu que a Kanya gosta de exibir para todos. 

Como eu pude me enganar tanto?

Eu estava tão cego antes que não via como a Kanya é maldosa tanto nas palavras quanto nas atitudes dela.

Porque eu tive que perder o Dunk para enxergar isso?

Perder o Dunk me abriu os olhos e eu só peço aos deuses que não seja tarde demais para resolver as coisas com o meu garoto.

-Desde que as coisas não sejam intensas demais o sexo está liberado. -A médica responde e aperto o punho com força.

Merda.

-Ouviu bebezinho? Não precisamos nos preocupar com sexo. -Kanya fala animada e segura a minha mão.

Puxo a minha mão com força e me levanto.

-Preciso fazer uma ligação. -Falo a primeira coisa que me vem a cabeça  e saio sem esperar por uma resposta.

Me encosto na parede e respiro fundo para me acalmar.

Que merda eu fiz na minha vida?

Alguns minutos se passam e a Kanya sai da sala da médica sorridente e corre para me abraçar.

-Está feliz bebezinho? Que tal a gente ir fazer compras para o nosso bebê e depois irmos para o seu apartamento para matarmos a saudade? O que acha? - Kanya pergunta com uma voz manhosa e afasto ela de mim.

Seu toque parece queimar a minha pele.

-Preciso ir ver um trabalho com a Pan. -Minto e a Kanya me olha chateada.

-Mas hoje foi a primeira vez que ouvimos o coração do nosso bebê e precisamos comemorar no shopping . -Kanya resmunga e mais uma vejo o quanto me enganei com ela.

Porque ao invés de querer fazer compras para comemorar algo tão puro como os batimentos cardíacos do nosso filho ela não optou por algo mais intimo? Um jantar ou apenas ficar nos meus braços?

Porque não percebi antes o quanto a Kanya é narcisista e egoísta?

Penso no Dunk e no dia que ele preparou um jantar para nós dois para comemorarmos um trabalho que eu tinha conseguido. 

Ele preparou todas as comidas que amo, me deu rosas e passamos a noite toda ouvindo música e conversando.

Foi algo pequeno e grandioso ao mesmo tempo e me marcou.

Sortilégio - Série Joongdunk (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora