Colegas de quarto - Jeon Jungkook

Capítulo 23

S/n narrando

- Vou ficar no carro. - Digo e Jungkook afirma.

Ele insistiu muito, na verdade quase implorou de joelhos para que eu aceitasse vir com ele, decidi aceitar o risco de provavelmente ver meu namorado beijando a ex noiva "morta" que passou dois anos sem dar um sinal de vida. De longe pude ver a Chaerin de costas, o encontro seria em um estacionamento do hotel onde ela estava hospedada.

- Vai lá Jungkook, espero que não me decepcione, se isso acontecer nunca mais olho pra sua cara.

Ele me abraçou apertado, se afastou me dando um beijo demorado.

- Isso nunca vai acontecer, eu juro. Tem minha palavra.

Tinha medo de me machucar, as palavras de Jungkook não eram suficientes, eu queria ver com meus próprios olhos se ela seriam verdade ou não. Jungkook saiu do carro meio nervoso, dava pra ver que ele ainda não estava preparado pra isso, ele ficou parado ao lado do carro, me olhou sem saber o que fazer, fiz sinal para que ele fosse até a mulher que ainda continuava de costas. Ele demorou pra sair do lugar, precisei dar uma forcinha mesmo contra a minha vontade, meu coração estava acelerado e meus olhos começaram a lacrimejar quando Jungkook estava se aproximando da Chaerin, a mesma ao perceber a presença dele virou-se ficando de frente pra ele. Os dois se olharam por alguns minutos imóveis e sem reações.

Chaerin abraçou Jungkook que continuou sem agir, ele não retribuiu o abraço e afastou a mulher tirando seus braços que rodeavam sua cintura.

Jungkook narrando

- Jungkook!

Chaerin me abraçou, eu não sabia como agir, simplesmente não consegui retribuir o abraço, afastei ela a deixando confusa.

- Eu senti tanto a sua falta amor. - Tenta se aproximar, mais neguei antes que ela me abracasse novamente.

Por incrível que pareça não senti nada ao vê-la, nada. Vejo Chaerin como uma estranha agora, pra mim ela é totalmente uma estranha.

- O que foi Jungkook? - Ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

- Só quero que me explique o por que de aparecer agora enquanto eu passei dois anos sofrendo pela sua "morte". Quando me explicar tudo, quero que vá embora e suma de uma vez! - Digo frio

Chaerin deixou suas lágrimas escaparem, ela chorava ao ponto de soluçar.

- Meu pai, ele não me deixou voltar pra você.

O pai da Chaerin não aceitava o nosso relacionamento.

- Você nunca ligou para o que seu pai pensava da gente, por que ligou em um momento como esse?

Ela se aproximou tocando o meu rosto.

- Fiquei em coma depois do acidente. Foram quatro meses, quando acordei a primeira pessoa que pensei foi você, eu juro que tentei de todas as formas vir até você, mas meu pai me proibiu.

- Isso não parece ser verdade, quando encontraram todos os corpos o seu não estava lá, ninguém sobreviveu.

- Isso foi o que meu pai disse pra você, eu sobrevivi por pouco. E nunca deixei de te amar.

Por um lado posso até acreditar nessa versão, o pai dela me odiava por motivos fúteis.

- Isso agora não importa mais, não pra mim, se pra você ainda tem importância, sinto muito. Estou ótimo.

- Está ótimo com outra ocupando o meu lugar? - Direcionou seus olhos para o meu carro onde S/n estava. - Me esqueceu assim tão rápido? - Diz me fazendo rir com desdém.

- Achou que eu ficaria sofrendo a vida inteira por você?  - Arqueio a sobrancelha. - Eu mereço ser feliz, não concorda?

- Sim eu concordo, mais não com ela, e sim comigo! Eu sou quem você ama, não adianta colocar outra pra me substituir, sempre será eu!

- Ela não é substituta de ninguém. S/n é a mulher que eu amo, e sou feliz com ela.

- Quem você quer enganar? Seus olhos dizem outra coisa, você nunca deixou de me amar, tá na sua cara, só está fingido ser forte, admite de uma vez.

Ela voltou com um parafuso a menos, Chaerin nunca agiu assim.

- Pra mim já deu, não me procura mais. - Saio a deixando falar sozinha.