My Hero Kindergarten

Mamãe esta doente

⚠️Aviso⚠️
Este capítulo tem menções a: Agressão doméstica
E
Surto mental

Dois irmãos desciam a rua para a creche.

A irmã mais velha segurava na mão do mais novo, que ficava de cabeça baixa.

- Shoto, você tem que aprender o caminho, eu não vou ficar te levando pra escola todo dia.
A garota falava.

- Eu disse que não precisava me levar.
Shoto respondia.
- Você prefere ficar em casa com o papai?
Não houve resposta.

- Ei, se anima, ontem o médico falou que seu olho tá bom, você ainda vai poder ser um herói!
- Eu não quero ser um herói...
- Então porque fica pedindo pra eu te ensinar mais sobre o poder de gelo?

Também não houve uma resposta.

A irmã da um suspiro.
- Posso explicar pro professor o que aconteceu?

O pequeno tinha faixas recém trocadas em volta da cabeça, envolvendo deu olho esquerdo. Embora ele tentasse esconder com o cabelo, ainda era perceptível.

Ele assente a pergunta e ambos chegam na entrada da escola. A garota pede para um funcionário chamar um dos professores da sala do irmão.

O garoto se agarrava as roupas da irmã e afundava seu rosto nelas, especialmente o lado esquerdo.

Finalmente, um homem loiro de óculos e avental manchado de tinta seca chega.

- Olá! É o pequeno Shoto? Vocês são os Todoroki?
Ele pergunta.

- Oi, sim, eu sou a irmã dele, Fuyumi - ela fazia carinho no cabelo do pequeno.

Dava para perceber as faixas brancas passando pelos cabelos vermelhos de Shoto. E sinceramente, Yamada não sabia o que pensar.

- Então... - Fuyumi começa - aconteceu um acidente em casa, e Shoto acabou se machucando...
- Oh, não... É por isso que ele não estava vindo na escola?
O homem pergunta. Desta vez ele não se agacha na altura das crianças, já que a mais velha tinha por volta de 12 anos e isso geralmente irritava os pré-adolescentes.

- É, e... acho que é bom eu falar que... - Ela procurava as palavras certas para explicar o ocorrido - Nossa mãe esta doente, e machucou ele. - O garoto aperta mais as roupas da irmã, ainda escondendo seu rosto. - Ela já tá no hospital, digo, hospital psiquiátrico... Ele não gosta de ficar explicando o que aconteceu. Entende?

Por um momento Yamada ficou sem palavras. Podia imaginar que a família tinha problemas, mas não a esse nível. Ele havia visto a mãe de Shoto algumas vezes quando ela vinha buscá-lo, mas nunca poderia imaginar que ela seria capaz de machucar o filho.

- Entendo sim, é você que vai buscá-lo?
- Sim, eu vou levar e buscar-lo até ele aprender a vir aqui sozinho.

Ela empurra Shoto de leve na direção de Yamada, que segura a mão do pequeno enquanto ele ainda olhava para o chão.

- Tem remédio e gaze na bolsa dele, vocês podem trocar os curativos dele antes de eu vir buscá-lo?
- Sim, sem problema.

- Até mais tarde, senhor.
Ela sai andando, deixando o irmão com o professor.
- Até...