HIT ME UP

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Uma buzina toca na frente de casa e eu olho pela janela, sem tirar o capacete o Pat olha para cima direto para mim, eu sorrio e saio correndo, quando abro a porta dou de cara com a minha irmã.

— Quem está aí?

— Um amigo, avisa pra mãe que eu sai.

— Ei, vai voltar que horas?

— Eu vou em show, vai acabar tarde, fala que vou dormir no meu amigo que é lá perto.

— Show de quem? Eu posso ir junto?

— Ele veio de moto.

Chego nas escadas e ela corre atrás de mim.

— Repete isso? Pran, você odeia motos!

Odeio mesmo, mas sou apaixonado por um motoqueiro em particular.

— Até amanhã, Liz!

Saio da casa rápido e pego o capacete que já está na mão do Pat, quero beija-lo antes de partir, mas ele não tirou o capacete, assim que a minha irmã para ao meu lado eu entendo o motivo.

— Quem é você?

A cabeça dele se move dela pra mim, mas ele não diz nada, é melhor sair daqui antes que isso fique mais estranho. Coloco o capacete e subo na moto, seguro a sua camiseta e ouço a moto vibrando embaixo de mim quando o motor liga, a minha irmã fica nos olhando desconfiada quando o Pat acena pra ela e vai embora, assim que chegamos na esquina ele para, segura a minha  mão, leva até a boca e beija, então faz eu o abraçar me obrigando a ir um pouco pra frente, impossível não notar como nos encaixamos perfeitamente. Ele olha para trás e eu aceno, então a moto ronca novamente e ele se inclina pra frente, a sua bunda empina e esfrega no meu pau, não sei se ele fez pra provocar, mas agora tudo que eu consigo pensar é em como eu vou adorar foder essa bunda gostosa.

Levamos um bom tempo para chegar aonde quer que seja esse lugar, quando estaciona eu tiro o capacete e desço, ele tira capacete também, mas me surpreende ao segurar a minha camiseta me puxando pra ele.

— Estava morrendo de saudade!

Ele me beija eu fico preocupado , se alguém nos ver pode ser um problema, mas quando a sua língua toca a minha eu mando tudo para o inferno, me aproximo mais e o abraço, sinto o movimento das suas costas através da camisa enquanto ele desliza as mãos pelo meu corpo e a imagem dele deitado em uma cama sem roupas me vem a mente, vou adorar ver isso!

Já estamos sem fôlego quando ele se afasta sorrindo, lembro de uma época não muito distante que esse sorriso me irritava, muita coisa mudou desde então.

— Acho que seria capaz de ficar te beijando pra sempre, é maravilhoso!

Toda essa intensidade dele me preocupa, como artista ele pode estar vivendo só mais uma história ou até mesmo um capítulo e se jogando de cabeça, a dúvida é, eu estarei no próximo capítulo?

— Está tudo bem?

— Está, é melhor entrar, alguém pode nos ver.

Ele me encara por um momento, suspira e desce da moto, guarda os capacetes e segura a minha mão, mais uma vez fico preocupado de alguém nos ver, mas já estou aceitando que ele é exibicionista e inconsequente, então com os pensamentos indo para caminhos opostos aos meus ele pega a minha mão e faz eu passar o braço por tras do seu corpo segurando a sua cintura,  coloca o braço pelo meu ombro e entra por uma porta que um segurança abre para nós.

— Que lugar é esse?

— A banda do meu irmão tocava aqui antes de ficarem famosos, nós conhecemos o dono e o grupo que vai se apresentar hoje.

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