Hey Stephen

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“So I've got some things to say to you
I've seen it all, so I thought
But I never seen nobody shine the way you do
The way you walk, way you talk, way you say my name
It's beautiful, wonderful, don't you ever change”

Travis Kelce


A casa da Taylor é perto da minha, então consegui ir de bicicleta até lá. A gente combinou na escola de irmos às 17 horas, já que a aula acabou às 15 horas. Deixo minha bicicleta encostada na varanda, subo as escadas da mesma e bato a campainha. Espero uns dois minutos até a porta abrir.

– Oi, você é o amigo da minha irmã, né? – O garoto loiro fala.
– Oi, sim. Travis Kelce, prazer. – Estendo a mão para ele, e o mesmo pega, apertando e me deixando entrar.

Ele me acompanha até a sala onde Taylor e sua amiga Abigail estão. As duas me olham. Abigail me dá oi, e eu acho que dei oi para ela. Meus olhos estão na menina loira de cabelo enrolado e olhos azuis. Meu mundo para por alguns segundos analisando ela. Calça de moletom preta, regata azul, igual seus olhos, se tornou minha cor favorita. Acho que nunca tinha visto ela de cabelo totalmente enrolado, sempre está liso ou meio ondulado, mas nunca enrolado. Ela está linda, a mais linda do mundo. Faz um mês que a conheço, falei com ela menos de dez vezes, mas sinto que estou completamente na dela.

– Oi, Travis, que bom que você veio. – Taylor fala se aproximando.
– Gostei do cabelo. – Minha boca fala antes que meu cérebro. É sempre assim quando estou perto dela, não consigo medir minhas palavras.
– Obrigada. – Suas bochechas ficam vermelhas. – Só falta o Mike. Enquanto esperamos ele, você pode se sentar com a gente e conversar.

Ela volta para seu lugar e eu a sigo, me sentando do seu lado. A gente começa a conversar sobre a escola. Abigail fala sobre um garoto que ela está interessada. Eu não faço a mínima ideia de quem seja, mas dou dicas sobre como ela pode falar com ele. Taylor presta atenção atentamente, principalmente na parte em que eu falo "seja quem você realmente é". É como se ela fizesse anotações mentais. A campainha toca e seu irmão vai atender. Logo Mike aparece na sala. Sinto o clima ficar tenso, mas Taylor começa a falar sobre o trabalho. Mike sempre discorda dela. Vejo Abigail bufando toda hora. Lembro dela falar que "infelizmente" ele era vizinho dela. Sou um homem curioso, preciso saber o que eles têm. Será que eles tiveram alguma coisa? Se beijaram? São ex? Será que ela gosta dele e ele não gosta dela de volta? E por que essas possibilidades me irritam?

Passamos praticamente três horas discutindo o trabalho e combinamos de irmos à casa da Abigail amanhã, depois da aula, para começar a fazer a maquete. Pelas oito da noite, a mãe de Abigail veio buscar ela. Mike também vai embora. Taylor leva ambos na porta, e quando volta para a sala, eu me levanto. Acho que também devo ir embora, né? Mas eu não quero, quero falar com ela, só não sei sobre o que.

– Então... – Taylor fala se balançando nos pés.
– Acho melhor eu ir embora também. – Falo.
– Não! – Taylor fala de imediato e arregala os olhos. – Quer dizer, se você quiser ir embora, pode ir. Eu não estou te expulsando, esse "então" não foi uma indireta para você ir embora.
– Não pensei que fosse. – Sorrio. Amo como suas bochechas ficam vermelhas quando ela fala comigo.
– Ah. – Ela fala. – Eu estou nervosa, desculpa.
– Não precisa ficar nervosa comigo. Somos amigos. – Não somos amigos, eu nem sei sua cor favorita.
– Amigos? – Ela sorri.
– Se você quiser, é claro.
– Claro que quero.

Ficamos nos olhando e sorrindo. Falem o que quiserem, mas a intensidade de seus olhos me deixa um homem sem palavras. Taylor senta no sofá e olha para a janela. Me sento ao seu lado e olho para a janela também, sem saber o que fazer. E graças a Deus o silêncio é quebrado quando seus pais aparecem na sala.

– Oi, meu amor. Tudo bem? – A mãe dela fala.

Taylor levanta e vai até ela, lhe dando um beijo e abraço e depois fazendo o mesmo com seu pai. Ambos me olham. Eu me levanto do sofá indo em direção a eles.

– Prazer em conhecê-los, Sr. e Sra. Swift. – Estendo a mão para eles. – Sou Travis Kelce, amigo da Taylor.
– Travis, que bom finalmente conhecê-lo. – Sra. Swift me oferece um sorriso. – Pode me chamar de Andrea, por favor.
– Prazer em conhecê-lo, Sr. Kelce. – O pai dela fala e sai da sala. Taylor olha para a mãe dela, e a mesma balança a cabeça sorrindo.
– Fizeram o trabalho? – Andrea pergunta.
– A primeira parte sim. Amanhã vamos na Abigail construir a maquete. – Taylor fala animada. – Eu ofereci seus deliciosos cookies a eles, todos amaram. Certo, Travis? – Aqueles olhos azuis intensos me encaram.
– Sim, não conte à minha mãe, mas eles são bem mais gostosos do que os que ela faz. – Falo sorrindo e Andrea ri.
– Ah querido, seu segredo está guardado comigo. – Ela pisca um olho. – Vou lá em cima ver o Austin. Muito bom conhecer você, Travis, de verdade.

Taylor e eu ficamos a sós de novo, sem saber o que fazer ou falar. Ela começa a arrumar a bagunça de copos e pratos que deixamos na sala. Vou ajudá-la.

– Não se incomode com isso, eu faço. – Ela fala.
– Me deixe ajudá-la. – Falo.

Ela sorri e concordo. Sigo ela para a cozinha, deixando as coisas na pia. Logo ela começa a colocar na lava-louça. Eu entrego e ela coloca. Uma ótima dupla. Eu faço a gracinha de estender o copo para ela, mas puxo meu braço quando ela tenta pegar. Faço isso várias vezes e ela ri em todas e tenta pegar puxando meu braço. No último copo levanto meus braços para cima, sabendo que ela não conseguiria pegar, pois sou muito mais alto que ela. Ela começa a pular para alcançar minha mão, e falha miseravelmente.

– Travis, para, me dá isso. – Ela fala rindo. Começo a rir com ela. E de alguma forma, ela coloca suas mãos no meu ombro, pula puxando meu cotovelo e pega o copo.
– Peguei. – Ela faz uma dancinha comemorando, e coloca o copo na lava-louça.
– Foi pura sorte. Na verdade, você trapaceou, se deu impulso pelo meu ombro.
– Isso não tinha regras, Travis Kelce. – Ela sorri. Meu coração para. – Aceite que você perdeu, perdedor.
– Eu preciso de uma revanche.

Nós dois rimos, até meu telefone tocar e eu ver que era minha mãe.

– É minha mãe, eu preciso ir agora. – Falo.
– Ok, a gente se vê amanhã na escola? E na casa da Abigail?
– Com certeza, não perderia um dia sequer para ver você.

Suas bochechas ficam rosas de vergonha. Ela me acompanha até a saída, e quando estou em cima da bicicleta e pedalo duas vezes, ela grita meu nome. Paro e viro para trás. Ela está correndo em minha direção. O mundo fica em câmera lenta enquanto vejo ela correr para mim.

– Me passa o teu número? – Ela fala ofegante.
– Claro, anota aí. – Falo meu número e ela salva em seu telefone.

Após isso, ela volta correndo para dentro de casa, alarmando estar com frio, pois estava só de regata. Me sinto um merda por não ter percebido. Eu me perdi em seu cheiro, seu cabelo, seus olhos. Vou pedalando para casa, e ela é a única coisa que tenho em minha mente durante o resto da noite. Vou dormir pensando nela, naquela regata azul e segurando meus ombros, na risada dela. Tudo que envolve ela me cativa. Eu fico hipnotizado, num mundo onde existem apenas nós dois.

Nota da autora: Oi pessoal, tudo bem? Espero que sim! Essa é a minha primeira vez postando o que eu escrevo, estou um pouco nervosa. Vocês podem me dar dicas e ideais, se quiserem, irei amar ouvir cada uma delas ;)

Espero que vocês estejam gostando da história mesmo tendo apenas 3 capítulos, logo mais irem atualizando!!

Beijinhos de corações da Ceci <33

High School Strings | TayvisOnde histórias criam vida. Descubra agora