“And you know I wanna ask you to dance right there
In the middle of the parking lot”★
Travis Kelce
– Não é assim que se escreve, Trav – Taylor me encara e ri.
– Huh, é que... É que... – Travo, não sei como contar isso.
– Pode me falar, eu não vou julgar você.
– Tenho dislexia, às vezes não consigo escrever palavras difíceis, ou lê-las – falo de uma vez. – Desculpa.
Tay me olha inclinando a cabeça para o lado. Estamos no chão do seu quarto, fazendo atividade de literatura num sábado à tarde porque seus pais foram viajar a trabalho e ela não queria ficar sozinha com seu irmão. Não contei esse meu problema para ela nos meses em que nos tornamos amigos, por receio e medo. Quando era mais novo, as crianças me zoavam muito, e eu odiava isso, me sentia burro. Minha mãe me levou a uma psicóloga e descobrimos o que era essa minha dificuldade. Não é algo que conto para todo mundo, e nem algo que gosto que falem sobre, mas me senti completamente confortável em compartilhar isso com Taylor, mesmo que tenha travado no início.
– Por que você pediu desculpas? – Ela pergunta. – Você acha que isso é um problema para mim?
– Eu já fui muito zoado por isso, só tenho medo de isso acontecer de novo.
– Travis, quem você acha que eu sou? – Ela fala indignada. – Eu nunca faria isso.
– Eu sei, me desculpa – exclamo. – Eu só não quero passar por aquela zoação de novo.
– Tudo bem. – Tay engatinha até o meu lado e me abraça. – Obrigada por confiar em mim para contar isso.
Beijo o topo de sua cabeça, sentindo seu delicioso cheiro. Ficamos assim por um tempo, até voltarmos para a atividade e ela me ajudar com minhas dificuldades.
Eu não quero ir embora, sinto que Taylor não quer que eu vá embora, então proponho que a gente faça cookies e assista TV, ela aceita na hora. Enquanto ela faz os cookies, eu ajudo olhando, pois tenho uma habilidade limitada a 0,001% de conhecimentos culinários. Ela até tenta me ensinar, mas me perco em sua beleza. Desde que falei que seu cabelo enrolado é lindo, ela nunca mais fez chapinha. E, de fato, seu cabelo natural é a coisa mais linda do mundo.
– Aliás, você parou de receber cartas misteriosas? Você nunca mais me contou – questiono.
– Eh, não – ela fala devagar. – Eu continuo recebendo.
Faz uns dois meses que ela recebe cartas secretas de uma pessoa, isso me incomodou desde a primeira carta. Demorei praticamente um mês para aceitar que isso é ciúmes. Sim, estou com ciúmes dela estar recebendo cartas de outra pessoa. Não vou mentir, gosto dela. Gosto dela pra caralho. Por mim, seríamos muito mais que melhores amigos. Só não sei se ela quer isso, então aceito o que ela me oferece. E também não é como se eu não tivesse beijado outras meninas, não me leve a mal, mas não iria recusar só porque não sei se a garota que eu gosto me quer ou não. Porém, ela recebendo cartas de outra pessoa não me agrada.
– E você já descobriu de quem são? – Pergunto.
– Não, não descobri – Taylor fala, meio incerta. – Mas talvez descubra no baile. A pessoa me convidou e disse para eu usar um vestido azul claro, que ele iria usar uma gravata azul clara também. A gente iria se encontrar lá, e então ele iria se revelar.
Estamos no começo de junho, as aulas acabam daqui a uma semana, e o baile é daqui a duas semanas. Eu queria ir com ela, fui covarde demais para pedir, e sei que ninguém mais fez.
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High School Strings | Tayvis
RomanceTaylor Swift e Travis Kelce se conheceram na escola, high school. Desde o início sentiram uma conexão, um fio invisível puxando eles um pro outro. Foram de estranhos para amigos, amigos a namorados e estranhos de novo. Mas será mesmo que o fio invis...