06- Quarto dia

196 28 0
                                    


- você já quer pôr coleira em mim? - Cassian riu, quando Tamar mostrou um colar muito diferente.

- não. - ela o olhou ofendida. - quero te apresentar meu mundo, e isso é algo para te modificar um pouquinho por dez horas.

- certo. - ele revirou os olhos.

- você sentirá o peso das suas asas, mas elas não estarão mais ai, suas orelhas se tornarão redondinhas, e esse brilho sedutor Férico vai sumir, e por fim, seus olhos ficarão castanhos. E você vai ficar mais baixo.

- essa cor é diferente? - ele arqueou as sombracelhas confuso.

- não, mas ainda chama atenção, assim como a sua altura. E eu não quero lidar com mocinhas animadas. Quero te mostrar meu mundo, mas não as pessoas dele.

Ele riu concordando.

- aliás brilho sedutor Férico? - ele sorriu ladino.

Mas Tamar fingiu não ouvir. E Cassian se abaixou para dar a ela a chance de pôr o colar. E instantaneamente ele mudou.

- agora sim, esse teu tamanho vai te permitir usar uma roupa de motoqueiro que eu tenho.

Camisa branca, jaqueta e calças de couro.

- céus, eu criei um rockeiro. - Tamar sorriu ladino. - mas, vamos logo.

- vou ter que entrar nessa coisa? - ele olhou para a caixa estranha de ferro.

- meu Impala não é uma coisa, é a coisa. - ela abriu a porta para ele. - entra ai.

Cassin se sentou no banco com estranheza, e Tamar se sentou atrás do volante, virando a chave.
O ronco do carro deixou Cassian curioso, e quando o carro partiu o general estava maravilhado.

- que coisinha interessante. - Tamar apenas sorriu orgulhosa.

A princípio a mulher iria apenas mandar Cassian embora sem mostrar mais nada de seu mundo. Mas ela notou que seria bastante injusto o fato dele só ter visto as matas, e coisas simples e belas. Ela ia mostrar a evolução.

- como... Como isso funciona? - Cassian olhava tudo animado.

- tecnologia, e olha que esse carro era de umas épocas atrás, tem muitos outros carros hoje em dia. - eles saíram da vila e entraram na br. - mesmo que eu seja meio solitária eu ainda moro em uma pequena comunidade. - ela sorriu vendo ele olhar para as casas que se afastavam.

- uou, que coisa é essa. - ele ficou chocado e armou a guarda quando viu a enorme carreta de ferro vindo até eles.

- uma carreta, elas transportam coisas pesada, é tipo um carro gigante. E pela velocidade dessa ai ela tá vazia. - Tamar sorriu sentindo o vento forte que a carreta deixou para trás.

- droga, por que não temos isso? - ele riu. - era só jogar em cima dos nosso inimigos que ia amassar. - ele zombou fazendo Tamar achar graça.

- é vamos ver asfalto e mato, por uma boa hora.

- e para onde estamos indo?

- para uma das maiores cidades daqui da região, leva uma hora para chegar lá.

- e não tem mais nada por perto?

- tem, só que são cidades pequenas. Não tem nada muito interessante para te mostrar. E essa cidade que eu tô nos levando não é grande coisa também, mas possui mais diversidades. Não sou uma mulher da cidade. - ela sorriu pegando um par de óculos escuros. - bota ele.

- é parecido com o que você usa... Aliás por que você usa isso? - ele apontou para as lentes no rosto da mulher, Tamar ela fez uma careta com a pergunta.

Corte De Asas E Magia [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora