Capítulo 3

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Busco conforto nos meus pensamentos felizes, desejando que tudo isso seja apenas um pesadelo do qual eu vou acordar logo, logo.

De repente BAMM!!! Um homem de mais ou menos 30 anos, que está claramente bêbado acaba de bater um copo contra o balcão, derramando parte da bebida que estava dentro, ele abre um sorriso cheio de dentes na minha direção. Ele me lembra o logo mal...

_ Oi linda! Parece que você tá precisando de companhia, meu nome é Marcos. _ Seu hálito fede a cerveja velha e seus dentes amarelados são simplesmente nojentos.

_ Desculpe eu não estou com humor pra conversar, eu tive um dia bem dificil

_ Pobrezinha, uma garota bonita assim não devia ficar triste nunca, é quase um crime! _ Ele caminha devagar e com confiança em minha direção. Esse é um cara que esta acostumado a conseguir o que quer. Quando ele chega perto o suficiente, ele aproxima a boca do meu ouvido e sussurra... _ Deixe eu te dizer, eu sei exatamente o que fazer para colocar um sorriso nesse seu rostinho bonito...

_ Eu não estou interessada, você pode me deixar sozinha, por favor?

_ Vamos, eu prometo que nós vamos nos divertir muito... _ Eu realmente não consigo aguentar isso, melhor sair de perto dele. Conforme eu cambaleio para me levantar, Marcos se apressa para me agarrar pela cintura, vejo ele olhando com desejo pros meus seios. _ Essa é minha garota, eu sabia que você ia topar, vamos nos divertir um pouco lá nos fundos do bar.

_ Não, eu não quero fazer isso. Só me deixa em paz, por favor... _ A essa altura, estou tão bêbada que meus protestos soam fracos e são facilmente ignorados por esse cara, eca eu sinto a mão dele deslizando para agarrar minha bunda com tanta força que chega a doer. Não tem ninguém aqui para me salvar, eu nunca me senti tão sozinha e indefesa... De repente eu junto todas as minhas forças que me restam e num movimento rápido dou uma joelhada nas partes baixas dele. O impacto faz com ele se curve levemente para frente enquanto ele tenta se recuperar da dor.

_ Por que você fez isso piranha? Eu só estava tentando animar essa sua cara azeda! Mas agora você pediu! Caramba, você tá tirando minha paciencia me provocando! _ Ele me agarra pelo meu braço e me puxa mais pra perto enquanto tenta me arrastar pela porta dos fundos do bar. Ninguém no bar parece ter percebido o que estava acontecendo, ou talvez ninguém realmente se importe, eu estou muito fraca pra resistir. Estou com medo do que vai acontecer comigo.

E então do nada, um cara grande e forte aparece. Ele se aproxima e dá um soco rápido na lateral da mandíbula de Marcos que cai no chão. Todos os olhos do bar estão voltados para a cena que acabou de acontecer. O belo estranho que acabou de me salvar olha pra mim e diz...

_ Não se preocupe, ele vai sobreviver você esta bem? _ Ele é o homem mais lindo que eu já vi. Ele é meu herói e neste momento eu quero beijar ele pra agradecer...

_ Obrigada por me ajudar, nem quero pensar no que poderia ter acontecido comigo se você não tivesse interferido... _ O belo estranho da uma espécie de grunhido enquanto mantém o contato visual. Eu sinto que estou me perdendo nos lindos olhos dele... _ Eu realmente não sei como te agradecer. Posso te pagar uma bebida ou algo assim...? _ Um beijo ou dois na bochecha talvez?

O barman aparece na frente da gente com uma expressão preocupada, sua voz soa agoniado

_ Foi mal Black, eu não sabia que a garota tava contigo. Se soubesse eu não tinha deixado aquele bêbado botar as patas nela. _ Então o nome dele é Blake... e o barman tinha percebido o que tava acontecendo! Ele simplesmente só fingiu que não estava vendo!

_ Então você permitiu que um desgraçado atacasse uma garota bêbada no seu bar? Você é um baita de um inútil

_ Você tava pedindo piranha

_ Eu calaria minha boca se eu fosse você! _ Black se vira pra encara-lo com um olhar mortal, que dura tempo suficiente pro barman ficar visivelmente tenso

_ Foi mal, cara. Olha, eu posso dar uma bebida pra você e pra sua garota? Por conta da casa, claro.

_ Não precisa. Já estamos indo embora. _ Sem dizer mais nada, Black pega pelo meu braço e me leva para fora do bar. Pra onde ele tá me levando? E por que ele parece ansioso pra sair do bar? Confusa, mas completamente acabada eu fico em silencio enquanto me deixo ser levada por aquela mão forte. Do lado de fora o ar frio da noite acaricia minhas bochechas, Black me leva até um carro. Ele abre a porta do passageiro e gesticula com a cabeça, indicando pra eu entrar. Eu hesito!

_ O que esta acontecendo? Pra onde você quer me levar?

_ Vou te levar pra um lugar seguro. _ É verdade que ele me salvou de uma situação complicada... mas eu devo confiar nele?

_ Olha moço, eu posso estar um pouco embriagada, mas não o suficiente para entrar num carro com alguém que conheci há minutos atrás.

_ Eu realmente não tenho tempo pra isso. Só entre no carro!

_ De jeito nenhum! Eu vou ligar pro meu pai. _ Reviro minha bolsa desajeitadamente a procura do meu telefone quando Black repentinamente tira ela das minhas mãos.

_ Escuta, eu não quero que as coisas saiam do controle, então so entra no carro. Nós vamos sair daqui, ponto. _ Basta apenas um olhar pros olhos dele para eu perceber que ele esta falando serio, eu cedo e sento no banco do passageiro. _ Ótimo!

Dentro do carro, Black fica em silencio. Eu dou alguns olhares furtivos para ele, apesar de ele estar focado na estrada a frente eu sei que a mente dele está a mil quilômetros de distancia.

_ Você tá... me levando para casa? _ Silencio... é a única resposta que eu recebo _ Você não vai me dizer para onde nós estamos indo?

Sequestrada para ser minhaOnde histórias criam vida. Descubra agora