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1 mês depois...

Thay Caroline🎀

Minha vida está extremamente corrida, uma bagunça só...tô amando!

Agora eu já não vou mais todo dia pra confeitaria, contratei uma pra ficar no meu lugar, eu só faço os doces e mando pra lá.
O dinheiro está rendendo pra caramba, consigo pagar um salário bom pras meninas, com todos os benefícios e ainda estou guardando um dinheiro no banco, pronta pra fazer investimentos.

A Manu conseguiu uma casa pra ela, a casa é toda linda, do jeitinho dela.
Minha tia Ângela já torrou o juízo da menina, toda hora ela quer arrumar encrenca, diz que a Manuela tem que dar dinheiro a ela, sendo que a Manu nem com ela mora, não depende dela pra nada. Mas agora que ela está vendo que a filha finalmente está virando uma mulher sem precisar dela, ela quer cobrar consideração.

Voltamos a estudar, férias de julho já acabou, graças a Deus estou no último ano.

Hoje é sexta-feira, tá eu e Manu subindo pra casa, acabamos de sair da escola.

Manu: tá tão calor que nem parece estar de noite, puta que pariu! - eu concordei quase morrendo - esse tempo tá pedindo uma cervejinha bem gelada.

Thay: porra, nem fala! - entramos na rua onde eu moro - bora brotar num barzinho hoje?

Manu: tá bom, quando for se arrumar me avisa - assenti e entrei pra dentro de casa, ela seguiu o rumo dela.

Entrei em casa e já tranquei tudo, fechei as cortinas, fui pro meu quarto, separei uma roupa pra mais tarde, tomei um banho e deitei pelada na minha cama.

Quando eu estava quase dormindo o Deco me liga pedindo pra eu abrir a porta, eu sei que não é a principal então eu só me enrolei na toalha e fui pra parte de trás da casa, abri a porta e ele entrou, tranquei novamente e subimos pro quarto.
Deitei na cama e ele deitou do meu lado.

Thay: tá com essa cara de cu por quê? - olhei pra ele.

Deco: Coroa e Manuela - ele olhou pra mim.

Thay: hm...

Deco: tu já sabia? - assenti - e não falou nada?

Thay: a vida é deles, não tenho nada a ver com isso!

Deco: tá certinha você - falou levantando da cama.

Thay: se for pra ficar nessa porra de palhaçada é melhor tu se adiantar.

Ele não falou mais nada, saiu do quarto, escutei daqui o barulho da porta lá embaixo, se quebrar esse filho da puta que vai pagar.

Me ajeitei na cama e fui dormir na força do ódio.

(...)

Acordei com meu celular tocando, olhei e era a Manu.
Mandei uma mensagem pra ela falando que ia me arrumar.

Levantei da cama e fui tomar um banho, terminei meu banho bem rápido, passei desodorante, hidratante e vesti a roupa que já estava separada, fiz a maquiagem de sempre, coloquei meu acessórios, passei perfume e escolhi uma bolsinha, coloquei gloss, cartão, dinheiro, absorvente porque nunca se sabe né, coloquei uma halls de maçã verde, o celular foi na cintura.

Tirei uma foto pra depois atualizar meu Twitter.

Desci pra sala desligando toda as luzes, saí de casa trancando a porta, coloquei a moto pra rua, tranquei o portão, guardei a chave no bolso, subi na moto e guiei pra cada da Manu.

Cheguei e gritei ela que saiu toda toda, subiu na garupa e eu guiei pro barzinho, aqui na favela mesmo.

Chegamos no bar e está tendo pagodinho ao vivo, estacionei a moto e fomos em direção ao bar, escolhemos uma mesa e a Manu foi pedir a torre de Chopp enquanto eu fiquei sentada guardando nosso lugar.
Peguei meu celular e postei minha fotinha.

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