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Emma Swan.Naquele mesmo dia eu recebi uma ligação da ruiva, que agora eu sei que se chama Zelena Mills, me pedindo para ir em sua casa. Pelo que a Ruby me contou, o bebê que eu ia cuidar tinha dois meses e era um menino chamado Oliver, também tinha um garoto de dez anos chamado Henry, sobrinho de Zelena. As duas foram muito cuidadosas ao mencionar a suposta mãe do bebê, eu só sei que é uma irmã da Zelena. Talvez fosse a dita Regina, que Ruby me falou para ter cuidado ao interagir, pois ela também morava na casa. Eu imaginei que o bebê fosse de alguma outra irmã ou parente falecido já que se duas mulheres em uma casa não davam conta de cuidar de um bebê, e nem mesmo a Ruby ou a Zelena mencionaram claramente de quem ele é filho, certamente ninguém naquela casa é a mãe.
Eu também não tive pais desde bebê e por mais que isso fosse um tópico sensível pra mim, eu preciso desse dinheiro agora mais do que preciso de algumas sessões de terapia por enquanto, e por mais que eu tenha sido avisada sobre a hostilidade da outra moradora da casa, eu precisava mesmo desse dinheiro. É isso ou passar fome, já que não tem emprego melhor do que um em uma residência onde eu posso fazer qualquer refeição, tomar um banho decente que não seja em um banheiro minúsculo de um restaurante, quem sabe até assistir um pouco de TV e descansar meus pés em um sofá depois de dias dormindo toda torta no Fusca.
É tipo o emprego dos sonhos.
— Boa sorte, patinho. Toma, a vovó preparou pra você. Da um beijinho no bochechudinho pra mim, você vai ver que ele é um amor de neném. — A morena me entregou uma caixa com donnuts e eu quis chorar de alegria. — Manda um beijo pra. . .
— Pra sua bruxinha? Eca! Não vou dar beijo em ninguém não, para de ser gay, Ruby! — Lhe empurrei com o ombro, arqueando a sobrancelha.
— Shhhh! A vovó vai ouvir, praga! E eu estava falando do Henry. Tomara que a bruxa da Mansão Mills devore suas entranhas.
— Então boa sorte pra ela, eu sou neta do João e Maria adultos. Tô pronta pra encarar fraldas sujas e uma bruxa malvada. — Um abraço e algumas ameaças depois, eu finalmente saí e dirigi direto para o endereço que recebi de Zelena.
Se não fossem os donnuts eu teria ficado apavorada quando estacionei de frente aquela casa. As árvores secas, o céu nublado, o jardim vazio e sem flores, isso parecia um filme de terror. Emma, onde é que você tá se metendo. . . Uma mansão assombrada, numa cidade no meio de Silent Hill, com uma bruxa que devora criancinhas? Se eu morrer, tomara que ao menos escolham uma boa foto minha pra colocar nas fotos de desaparecida. Morta tudo bem, mas morta e feia aí já é demais pra nós pobres coitadas.
— Vamos lá, Emma. É só um bebê, um pirralho, uma ruiva altona e uma desconhecida com fama de engolir babás vivas. O que de pior pode acontecer? — Sussurrei para mim mesma ao atravessar o portão, limpando as mãos sujas de açúcar na calça.
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Você não é capaz de amar?
FanfictionNinguém sabe ao certo qual o segredo por trás da tragédia que dividiu a família Mills em antes e depois. Quando a prefeita Cora Mills e sua filha misteriosamente abdicaram de seus cargos em cima das eleições, onde Regina estava prestes a ser eleita...