Capítulo I.

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Emma Swan

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Emma Swan.

De todas as coisas que eu imaginei durante seis anos de relacionamento com o meu ex namorado, a pior delas era ser traída. Ou, sei lá, no máximo uma agressão? Bem, ele não era o melhor homem do mundo. Nossas condições de vida não eram boas, ele vivia mudando de emprego por razões que até então eu não tinha conhecimento, e tinha certo problema com álcool. Já era de se esperar que uma hora ou outra todos esses sinais vermelhos iriam esfregar na minha cara que eu aceitava o mínimo e eu quebraria a cara, mas não desse jeito. Eu nunca acreditei em amor verdadeiro, amor a primeira vista, ou que o amor pode consertar ou curar alguém, isso é coisa de adolescente e eu realmente não tenho tempo para essas ilusões. Pessoas perdidas e doentes vão ser perdidas e doentes para sempre, e isso não é da minha conta. Mas sinceramente? Em um relacionamento tão longo, eu esperava ao menos que ele não se tornasse pior do que já era.

E foi assim que eu quebrei a cara. Uma traição? Okay, tudo bem. Acontece com todo mundo e eu sobreviveria. Ser demitido de novo? Tudo bem também, não é o fim do mundo, poderíamos recomeçar em um emprego novo. Ter crises de raiva e me culpar por tudo? Bom, não tá tudo bem nisso mas a gente podia tentar resolver com diálogo. Agora roubar uma joalheria, me incriminar e sumir com todo nosso dinheiro do banco? Aí não, aí já é demais. Mas a vida real não é uma historinha de comédia onde eu posso quebrar a quarta parede e pedir ajuda para tomar uma boa decisão, a vida real acontece no 2x e nós não temos tempo para pensar bem nas decisões importantes que precisamos tomar.

Foi assim que eu fugi pela janela de trás do nosso apartamento, me ralei inteira, levando apenas uma mochila com algum dinheiro em papel, lanches e umas duas trocas de roupa - sem esquecer minha jaqueta - quando a polícia começou a bater na minha porta. Ótimo Swan, parece que todas as decisões que você toma na vida são estúpidas. Talvez as coisas fossem diferentes se eu tivesse simplesmente ido com os policiais, contado minha versão e ajudado eles a encontrar o Neal? Talvez. Mas talvez eles sequer me dessem ouvidos e eu acabasse em cana de novo. Duas prisões antes dos 25 anos não estava na minha Wish List. Isso definitivamente não ia acontecer, não se depender de mim.

Só levou dois dias, meia dúzia de caronas com pessoas suspeitas que eram potencialmente serial killers, uma infinidade de lanches de beira de estrada que com toda certeza eram de procedência duvidosa, e finalmente eu estava fora do radar da polícia, porém, no meio do nada. O último caminhoneiro prometeu me levar para Boston, mas nossa agradável viagem infelizmente foi interrompida pelo soco que eu dei no nariz dele quando o maldito tentou enfiar a mão no meu short. Qual é, eu sou simpática mas nem tanto. Não precisava forçar a barra assim.

Mas tudo bem, pernas pra que te quero, Emma. Vamos lá! Você consegue. São só. . . Uma quantidade indecifrável de quilômetros a frente até encontrar a próxima cidade.

—  Okay, talvez minhas pernas não me queiram tanto assim.  —  Já exausta e conformada de que tinha descido em alguma estrada fantasma já que nenhum maldito carro passava, eu simplesmente me sentei no chão e esperei que Deus me levasse.  —  Ah, qual é. . . Esse deve ser o meu karma de umas quinze gerações reunidas!

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