Capítulo III.

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Regina Mills.

Mais um dia e cá estamos nós de novo, discutindo a respeito das decisões que Zelena toma sobre a nossa família. Desde que Cora morreu, ela simplesmente decidiu que é a nova matriarca da família e agora eu não posso mais decidir nada. As vezes eu tenho a sensação de que ela sente que precisa substituir a Cora para cuidar de mim de alguma forma, por ser a mais velha, mas ela não entende que eu já tinha uma vida mesmo antes de tudo isso acontecer.

Nunca tive problemas para cuidar do Henry sozinha, me virei de todas as formas para ser uma boa mãe mesmo após ter sido largada quando descobri que estava grávida dele, mesmo tendo que trabalhar e cuidar de casa, eu nunca precisei pedir ajuda ou descer ao nível de precisar contratar uma babá. A realidade em que o Oliver nasceu é muito diferente de como as coisas eram no passado, eu sou uma pessoa diferente agora, mas foi simplesmente inadmissível pra mim acordar em um belo dia e descobrir que minha irmã havia contratado uma babá. Os primeiros meses após o parto do Oliver foram difíceis, eu tive complicações durante a gravidez e mais algumas com a cirurgia do parto, por isso o hospital estava o tempo todo em minha rotina.

Diante disso, Zelena tomou a responsabilidade da maternidade para si. As vezes eu chegava do hospital, procurava pelo meu filho e ela estava com ele no trabalho. Eu realmente não a odeio por me ajudar, de verdade, mas ela me trata como uma inválida e decidiu sozinha que não sou capaz de cuidar de duas crianças. É claro que eu posso, é claro que eu consigo, e eu realmente tentei. Era difícil ter momentos a sós com o Oliver, as pessoas acham que eu iria o que? Deixá-lo cair só porque não posso mais ficar de pé ou coisa do tipo? O primeiro mês em casa foi o mais doloroso pra mim. Aos poucos eu comecei a notar que meu filho não ficava tranquilo em meus braços como ficava no colo da Zelena. Ele nunca aprendeu a mamar. Sua voz favorita é a da minha irmã. É com ela que ele dorme sem choro, e é perto dela que ele passa horas e horas sem ficar entediado. Essa aproximação repentina deles dois em uma fase tão difícil pra mim, o puerpério, mudou tudo.

Se você é mulher e já teve um filho, sabe do que eu estou falando. Tudo pode ser determinado nos quarenta dias de puerpério. É nesse período que as mães aprendem a amar seus filhos, é nesse período que o corpo aprende a fornecer nutrientes para uma nova vida, e também é nesse período que uma depressão pós parto pode ser desenvolvida, principalmente quando uma mãe e seu bebê tiveram laços interrompidos.

É ainda mais difícil quando você está enfrentando o puerpério depois de perder duas pessoas extremamente importantes pra você e também perder o movimento das pernas, tudo por sua culpa. As pessoas passam a te tratar como se fosse uma inválida, como se sua vida tivesse parado depois daquele dia. Todos esses fatores resultaram em uma Regina completamente diferente do que eu já fui um dia, uma mãe diferente, uma irmã ruim.

E aqui estou eu novamente divagando sobre tudo que aconteceu, enquanto Zelena discursa sobre a necessidade de termos uma nova babá em casa mesmo depois de eu ter me livrado das duas últimas sem dificuldade alguma.

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