Capítulo XI.

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Emma Swan

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Emma Swan.

Uma viagem para Boston definitivamente não estava nos meus planos quando comecei o dia essa manhã, mesmo que eu não tivesse lá grandes expectativas para o dia. Regina consegue se superar cada vez mais quando o assunto é me decepcionar e quando ela simplesmente desapareceu nos primeiros dias após o nosso beijo, eu tive a certeza de que ela foi bem sucedida mais uma vez.

Eu não sei dizer bem se ela planejou tudo isso, se mexeu com meus sentimentos intencionalmente só para depois me descartar como se eu não existisse nessa casa, ou se agiu por impulso aquela noite e depois se arrependeu. Considerando seu caráter cruel e amargo, e prefiro acreditar na primeira opção. Já tem alguns dias que eu não me sinto bem nessa casa, embora tenha me esforçado para não deixar nada disso refletir nos meninos.

Sabe, doeria muito menos se ela me puxasse para conversar e dissesse que não podemos ficar juntas por tal, tal e tal, e aí nos esforçaríamos para voltar a agir com empatia uma com a outra já que eu quase moro aqui. Mas não, ela prefere sair quando entro nos cômodos, não olhar na minha cara e recusar todos os convites do Henry de fazermos alguma atividade juntos. Comecei até mesmo duvidar se eu existo de verdade ou não sou só uma miragem. Talvez um fantasma perambulando.

Foi ideia de Ruby que eu tirasse um dia de folga e sinceramente, eu estava precisando mesmo. Eu planejava apenas ir na cidade vizinha, ir num shopping, comprar algumas roupas, mas quando nós trocamos mais de duas palavras eu cheguei a conclusão de que preciso estar o mais longe possível dessa mulher e acabei falando todas as palavras que vieram em meu cérebro ao mesmo instante.

Tudo bem que eu precisava, que eu preciso, ficar longe de Regina um pouco, mas viajar cinco horas de carro definitivamente não estava nos meus planos e passar a próxima hora procurando por um lugar para ficar a noite também não. Era só para ser uma tarde fora e acabou que eu passei a tarde inteira dirigindo por causa da minha grande boca gigante.

—  Se Regina estivesse aqui, diria que é redundante.  —  Reviro os olhos. 400km de distância não é o suficiente para tirá-la da minha cabeça.  —  Ao menos eu tenho uma cama gigante de hotel para passar a noite.

Bem melhor que o meu Fusca, com toda certeza. Passar tantas noites naquele carrinho minúsculo me fez diminuir uns 5cm pelo menos e com toda certeza deve ter deixado minha bunda quadrada. Preciso tomara vergonha na cara e encontrar um lugar para morar em Storybrooke, mesmo que seja tão difícil pra mim parar de gastar todo meu dinheiro com lanches.

Quando abro o chat de mensagens com Zelena, deixo uma mensagem rápida perguntando se ela não poderia me encontrar um apartamento para morar, e passando rapidamente os olhos por nossa conversa percebo que ela me enviou o contato de Regina a algumas horas atrás. Sem abrir a mensagem, eu analiso o pequeno ícone daquele contato salvo no celular de Zelena como "Sis".

Não é difícil notar quem é a mulher na foto, por isso não consegui resistir ao impulso de abrir e checar seu perfil. Em sua foto de perfil ela estava tão. . . Linda. Estava usando óculos redondos de leitura que pareciam cor de vinho, estava de suéter e calça moletom sobre uma poltrona que reconheço. Em suas mãos, um livro que ela parece espiar. Não sei quem tirou essa foto dela, mas eu daria qualquer coisa para estar lá no momento. Para admirar essa mesma vista. Na parte onde ficam os recados, apenas um.

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