Capítulo VII.

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Regina Mills.

Já são quase meio dia e ninguém - além de Henry e Oliver - acordou ainda. Felizmente hoje é domingo então eu não precisei me preocupar com isso, já que ninguém precisaria levar o garoto para a escola. Eu cheguei a conferir Zelena uma ou duas vezes e ela parecia viva em ambas, então não importunei mais o seu descanso, assim como fiz com Emma. Ela estava completamente apagada na minha cama como quem não dormia assim a séculos, mas quem sou eu para questionar. Ela está quieta, calada e sem me perturbar. Não tenho nada para reclamar, isso não é nada mais que uma benção.

Como o almoço ainda não estava pronto, eu fiquei com Henry no sofá enquanto dava a mamadeira para o Oliver, que descansava tranquilamente em meu peito. A tarde estava tranquila, Henry e eu jogávamos xadrez no sofá e ele se revezava entre mover uma peça e ir chutar uma bola contra a parede. Desde que ele e Emma se descobriram grandes astros do futebol americano eu e minhas paredes de casa não temos mais sossego. Mais alguns dias e vou precisar contratar um dos sete baixinhos faz tudo para recuperá-las, mas tudo bem. Acredito que seja melhor gastar com tinta do que com exames de vista e óculos no futuro pelo uso excessivo de telas.

Henry não tinha tanto acesso à esse tipo de tecnologia a uns meses atrás, ele tinha um milhão de brinquedos e não um milhão de aparelhos. Zelena pecou em dar tudo isso pra ele mas eu não posso culpá-la, enquanto eu estava me recuperando ela precisou se virar para cuidar da prefeitura e ainda dar atenção pra ele. Acredito que tenha sido a forma que ela encontrou para aliviar a pressão, e está tudo bem. Com a casa mais movimentada agora ele tem deixado os jogos um pouco de lado, isso me deixa um pouco mais aliviada.

- Mamãe, você tá roubando! - Ele se sentou ao meu lado emburrado, segurando seu bispo que eu havia acabado de conquistar.

- O que eu lhe disse sobre o xadrez quando lhe ensinei a jogar? - Arqueei a sobrancelha, era a vez dele mas ele não parecia animado com a jogada. - Você precisa de foco e. . .

Esperei que ele jogasse e então, novamente, movi minha peça duas vezes, obtendo sucesso em ambos os movimentos.

- E prever meus movimentos. - Deixei um beijinho em sua testa, mesmo que ele não estivesse nada feliz. - Não pode dividir a atenção do tabuleiro com outro esporte, assim você esquece seu plano de jogo e não consegue prestar atenção nas minhas jogadas para prever o que farei nas próximas.

Eu notei que ele começou a se esforçar um pouquinho mais para prestar atenção no jogo, por isso passei a adotar uma jogabilidade menos atacante para que ele também pudesse atacar, mesmo que com poucas peças. Nunca fiz o tipo de deixar crianças vencerem apenas por serem crianças, muito menos o meu filho, afinal, como eles iriam aprender? Mas também não preciso ser uma jogadora profissional que não erra um único movimento, ele só tem dez anos.

Nós jogamos mais algumas vezes até eu ouvir passos na sala e me virar para ver quem era, Henry levantou tão rápido do sofá e saiu correndo que até derrubou o tabuleiro mas eu sequer percebi porque algo específico agarrou meus olhos como cola.

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