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Nesse capítulo tem surpresa para vocês, babes.

Qualquer erro me avisem, as vezes passa erros despercebidos por mim.

Votem e Comentem.

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🎤Aurora Miller

Eu sentia meu coração bater mais rápido, e um sorriso que chegava a causar um leve desconforto em minhas bochechas brincava em meus lábios.

Obviamente, a mulher havia perguntado por preocupação, da mesma forma que faria com qualquer outro aluno. Gostava de saber do bem-estar dos jovens adultos, mas ainda assim, Billie sentira a falta da minha presença, o que provocava um frio na barriga em mim, por mais banal que pudesse parecer.

Aquela fora a primeira vez que as bochechas de Billie se tingiram de rosado, talvez até a única vez.

Seus olhos estavam fixos no meu quadro recém-terminado, mas nunca se direcionaram ao meu rosto. O silêncio já dominava a sala há alguns minutos, e eu aguardava ansiosamente por sua resposta.

- Não te vi com seu amigo, então pensei que talvez não estivesse se sentindo bem - respondeu a mais velha, começando finalmente a fitar meus olhos.

- Apenas estava com uma leve dor de cabeça e não queria ficar assistindo à palestra. Demora demais - respondi ao retirar meu quadro do cavalete e apoiá-lo na parede sobre alguns bancos na sala.

- Mas não me respondeu: sua dor de cabeça passou? - indagou ela assim que me sentei novamente na cadeira, virando-me agora para encará-la.

- Um pouco. Tomei um remédio; logo passa - encolhi os ombros, ciente de que logo estaria melhor.

- Se persistir, fale com o diretor para poder ir embora. E se as dores de cabeça forem frequentes, procure um médico - sugeriu ela, arrancando-me um sorriso.

- Está bem, mas não precisa se preocupar tanto; é só uma dor de cabeça comum.

Não era mentira que minha dor de cabeça era comum. Provavelmente era resultado das poucas horas de sono que havia tido. No entanto, optei por não mencionar isso para ela; Billie, pelo pouco que conhecia dela, demonstrava um instinto protetor semelhante ao de uma mãe.

- Aurora, você... - ouvi uma voz apressada vindo de trás de onde eu e a professora estávamos sentadas.

- Oi, Johnny. - respondi com um sorriso, sentindo minhas bochechas corarem diante da possibilidade do que o rapaz poderia pensar sobre a proximidade entre mim e nossa professora.

- Eu falarei com você depois, não desejo atrapalhar. - disse ele sorrindo em minha direção.

Eu já antecipava o assunto que ele traria. Apesar de conhecer Johnny há pouco tempo, ele era muito extrovertido, brincalhão e, poderíamos dizer, possuía um senso de humor um tanto peculiar.

- Estou de saída. - Billie se levantou, limitando-se a nos cumprimentar com um aceno de cabeça.

Johnny se aproximou e ocupou o lugar que antes pertencia a Billie, cruzou as pernas e começou a me encarar com desconfiança.

- Está tendo um envolvimento com a professora, Aurora? - suas sobrancelhas se franziram e sua postura tornou-se mais rígida.

Não demoraria muito para ele soltar uma risada, e eu aguardava ansiosamente por isso, pois, apesar de saber que ele estava brincando, ainda assim sentia minhas bochechas arderem.

- N-não... pare de ser bobo. - desviei o olhar para os meus sapatos.

- Se gaguejou é porque perdeu o argumento, amor. - o momento chegou: ele começou a rir, me fazendo sorrir também, embora ainda envergonhada.

•••◇•••◇•••

- Você irá de ônibus hoje? - meu seminovo amigo perguntou enquanto saíamos da escola.

No momento em que eu ia responder, meu celular vibrou no bolso, fazendo-me retirá-lo para verificar a mensagem recebida, a qual era de Billie.

"Estarei te aguardando no estacionamento da escola."

Sem nem responder, sabia que ela estaria lá esperando por mim; não era necessário confirmar presença, ela simplesmente avisava.

- Hoje não irei de ônibus. - respondi, sem conseguir conter o sorriso no rosto.

- Ah, então está envolvida com alguém e não me contou, senhorita Aurora? - o rapaz mais alto perguntou, arqueando uma sobrancelha ao me olhar.

- Não exatamente. É apenas uma amiga que vai pelo mesmo trajeto que eu e me oferece carona às vezes. - dei de ombros.

Não era uma mentira completa; apenas omiti alguns detalhes que não eram relevantes para o rapaz ao meu lado.

Acenei para Johnny enquanto nos despedíamos e seguimos por caminhos diferentes: ele rumo ao ponto de ônibus e eu em direção ao estacionamento.

- Olá, Billie. - cumprimentei a mulher que estava apoiada no capô do carro com o celular na mão.

- Olá novamente, Aurora. - ela sorriu e logo entrou no carro, fazendo gesto para que eu a seguisse.

- Eu fiz algo para você. - Falei sem olhar para a mulher ao meu lado, que naquele momento começava a dirigir para fora do local onde estávamos.

- Interessante, posso saber o que é? - perguntou, eu podia sentir seu olhar em mim, mas foi por poucos segundos.

- Bem, é um desenho que fiz na aula de história. Não ficou perfeito, mas está razoável. Juro que fiz com carinho, acho que isso já conta. - minhas bochechas coravam com tal demonstração para a mais velha.

- Você ficou desenhando na aula, onde deveria prestar atenção, Aurora? - em sua voz havia um leve tom de repreensão, e com isso apenas encolhi os ombros.

- Não, sim. Quero dizer, hoje era correção do trabalho, então para passar o tempo fiquei desenhando. - Falei mexendo em meus dedos.

- Nesse caso tudo bem, mas não me leve a mal. Eu provavelmente irei adorar o desenho, mesmo que você tenha perdido alguns minutos de aula. Sei que é esforçada, então não faria muita diferença. - eu sorri de orelha a orelha.

O restante do caminho foi em conversas banais sobre nosso dia, aulas e assuntos não muito relevantes.

Em alguns minutos estávamos em frente à minha casa novamente. Abri minha mochila cuidadosamente pegando a folha com o desenho e entreguei a Billie.

- Ai Meu Deus, isso está incrível. - A mulher falou olhando o desenho.

- Bem, não ach... - fui interrompida antes de terminar a frase.

- Aurora, sem mais palavras. Isso está perfeito e eu amei muito. Vou colocar em um quadro. - ela disse olhando para mim; o sorriso em seu rosto era lindo. - Posso te dar um abraço?

- Cl...claro. - respondi tremendo levemente.

Esse seria nosso primeiro contato mais "íntimo", e eu sentia meu coração bater loucamente no peito.

Assim que senti seus braços ao meu redor, demorei alguns segundos para retribuir, mas logo envolvi meus braços em volta de sua cintura e respirei discretamente seu perfume; era o melhor cheiro que já tinha sentido com certeza.

Seu abraço era acolhedor, eu me sentia segura e a vontade de morar nele era imensa; queria poder sentir sempre seus braços ao meu redor me trazendo tranquilidade e conforto.

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Desenho que Aurora deu para Billie na Mídia.

Gostaram da surpresa?? (Foi o primeiro abraço delas)

Tenham calma, logo o que vocês mais esperam vai acontecer🥹

Beijinhos e até a próxima, amores.

The teacher - Billie Eilish Onde histórias criam vida. Descubra agora