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4 meses depois

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4 meses depois

Embora a minha filha seja um anjinho, sair com ela para o mercado me fazia ficar de cabeça quente. No mercado tudo é colorido e tudo chama a atenção dela, o que é normal para uma criança que já vai completar 2 aninhos. E embora eu fique apurada tentando conter a animação dela ao ver tantas coisas coloridas e extravagantes, eu amo ver ela passando por essa fase.

Hoje viemos fazer a nossa comprinha do mês, que não é muita coisa por que a Mali tem me dado um baile em relação à introdução alimentar, ela desconfia de tudo que vai comer, igual ao pai. Então, não é preciso comprar comida aos montes, já que praticamente só eu como.

- Utiiii! - Ela dá um gritinho e aponta para a bandeija de danoninho. Isso ela ama, se pudesse passava o dia só comendo danone.

- Quer iogurte, filha? - Ela balança a cabeça afirmando e eu pego duas bandeijas colocando no nosso carrinho, o qual ela estava sentada dentro.

- Desculpa, mas você sabe me dizer se esse iogurte é bom para quem é intolerante? - Escuto alguém dizer atrás de mim e me viro, encontrando um homem alto, moreno, com um bebê no colo.

Ele perguntou pra mim?

Passo os olhos ao nosso redor e já que ele estava me encarando, provavelmente era comigo que ele estava falando mesmo.

- Hum, esse não...contém leite. - Me viro e alcanço uma bandeija de iogurte zero lactose e estendo em sua direção. - Mas esse é ótimo, eu vi na internet.

Ele pega o iogurte da minha mão e sorri na minha direção, foi amigável até demais.

- Ah, a sua filha também é intolerante?

- Não...é que eu sigo uma página com dicas de mães, e acabei vendo por acaso. - Sorrio fraco. - Mas que bom que eu vi, pude ajudar alguém com essa informação.

- Sim, com certeza...você me ajudou demais. - Ele mantém contato visual por tempo demais e eu fico constrangida, ele é bonito demais.

- Bom, fico feliz em ter ajudado, eu vou indo nessa. E o nome da página de mães é "manual das mamães de 1º viagem", caso a mãe do seu filho se interesse. - Viro o meu carrinho e sorrio na sua direção, pronta para ir embora.

- Eu tenho certeza de que se ela ainda estivesse viva, ela adoraria. - Ouvir isso foi quase a mesma coisa de ter uma agulha enfiada no meu tímpano. Arregalei os olhos e engoli em seco começando a me desculpar no mesmo instante.

- Mil perdões, meu Deus, se eu soubesse... - Cubro o rosto com as mãos e balanço a cabeça com vergonha.

- Tá tudo bem, já estamos superando, e também não tinha como você saber. - Suspiro e tiro as mãos do rosto apertando os lábios. Ele sorri e dá de ombros. - Tá tudo bem.

- Eu tô me sentindo péssima, perdão... - Ele nega com a cabeça.

- Vou aceitar as suas desculpas se você tomar um sorvete comigo...sem segundas intenções! - Como se fosse combinado, o bebê que estava no seu colo deita no ombro dele e a Mali boceja ao mesmo tempo. Era a minha deixa de me livrar dele.

Mas por quê eu queria me livrar dele? Ele é lindo.

Dane-se. Não importa. Ele não é o Bruno.

- Quem sabe em um outro ano, talvez...a minha filha precisa dormir, e aparentemente, o seu também. - Ele balança a cabeça como se tivesse aceitando uma derrota e sorri fraco.

- Até a próxima, então. - Sorrio na sua direção e me afasto até os caixas.

A moça do caixa não demora a passar a minha compra e logo saímos do mercado. Assim que coloco a Mali na cadeirinha do carro, ela deita a cabeça para o lado e eu sei que em menos de dois minutos ela vai ter dormido. Coloco as compras todas no porta-malas e o devolvo no lugar, indo para o carro em seguida.

[N/A: COLOQUEM A MÚSICA ALI DE CIMA PRA TOCAR, É SÉRIO] Pego o caminho mais longo pra casa, aproveitando a música que tocava e o lindo pôr do sol que estava se formando pelo horizonte. Como o esperado, minha mente vaga para ele, que toma conta dela todos os dias, várias vezes ao dia. Posso estar longe fisicamente, mas o meu coração sempre vai ser dele, eu já aceitei isso.

Cada momento do meu dia me lembra ele. Desde acordar e não sentir mais seus selinhos por todo o meu rosto, até assistir o pôr do sol e já não ter mais seus braços rodeando a minha cintura. Tudo me lembra ele, talvez por que cada pedaço do meu coração seja dele. Mesmo antes de nos conhecermos, era ele que eu amava, era pra ele que eu torcia, era o rosto dele que eu tocava pela tela do pc, sempre foi ele...sempre vai ser ele.

Fico melancólica demais e chego em casa com lágrimas nos olhos. Seguro o choro para tirar as sacolas do carro e as coloco na bancada da cozinha, indo buscar a Mali em seguida. A pego no colo e ela se aconchega em mim, resmungando uma coisa que eu não entendo. Vou até o nosso quarto e a coloco na cama, tirando seus sapatos, ligando o ar em uma temperatura que não deixaria ela sentir frio e a cubro, saindo do quarto.

Volto para a cozinha e começo a tirar as compras das sacolas para guardar tudo. Quando estou na metade, alguém bate na porta. Franzo as sobrancelhas e tento pensar em quem seria, não tendo muitas opções além da dona Cecília, que é a senhorinha daqui da frente que acabou virando minha melhor amiga. Provavelmente é mesmo ela, com algum bolo, como sempre.

Vou até a porta e abro a mesma.

Meu coração parou.

Por quê dessa vez, era o dono dele que estava ali na minha frente. Meu Bruno.

N/A: Não aguentava mais esses dois sem se ver! 😭😭😭😭

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N/A: Não aguentava mais esses dois sem se ver! 😭😭😭😭

𝗯𝗲𝘁𝘁𝗲𝗿 𝘄𝗶𝘁𝗵 𝘂² | 𝗻𝗼𝗯𝗿𝘂Onde histórias criam vida. Descubra agora