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Jayla's pov

Ruas vazias, carros abandonados, pessoas mortas, casas com as portas abertas, grunhidos... era isso o que eu via e ouvia nesse momento. Eu estava andando pelas ruas de Atlanta, ainda me sentindo desnorteada.

O que uma garota de 19 anos, recém acordada após um "acidente", faria em uma situação como essa? Porque eu não sei, estou totalmente perdida. Meu olhar rodou pelo quarto, mas parou ao ver um bilhete em cima da cabeceira da cama, e pela letra ruim já dava para saber quem havia escrito. Daryl.

"Jay, se está lendo isso é porque está viva. Desculpe te deixar aí, até tentamos, não tivemos tempo de conseguir te ajudar. O mundo está acabado, tem mortos-vivos andando por , tenha cuidado. Eu e Merle estamos indo para um acampamento, ouvimos falar que lá tinha alguns sobreviventes. Lembra aquela clareira que íamos acampar quando você era adolescente? Pois é, é lá que estamos. Deixei um coldre, uma pistola e três das suas adagas na gaveta. Você consegue, maluca, estamos te esperando. Cuidado com os zumbis, atire na cabeça para matá-los.

Ass: D. Dixon"

Eu passei alguns minutos tentando lembrar pra onde eu tinha que ir, mas logo me lembrei onde era o acampamento e qual direção eu deveria seguir.

Agora, já se passaram dois dias, eu ainda estou vagando por Atlanta, em busca de suprimentos, os meus acabaram. Já matei algumas daquelas coisas e foi bem estranho, mas nada muito assustador. Eu também consegui roupas novas, pois voltei em minha antiga casa para pegar algumas coisas.

Quando estava andando pela rua, ouvi alguns barulhos vindo de uma casa e me aproximei. Era um choro infantil enquanto uma voz feminina, claramente adulta, falava algumas coisas, mas não deu pra ouvir. Para não assustar ninguém, eu fui até a porta da casa e bati sutilmente.

- Me deixem entrar, por favor. Eu não quero machucar ninguém, só preciso de ajuda - usei a voz mais inocente que eu tinha

Os barulhos da casa pararam, mas eu ouvi um barulho na tranca da porta e em seguida ela se abriu. Uma mulher loira de olhos azuis apareceu em minha visão, ela era um pouco mais baixa que eu e segurava sua arma com firmeza.

- Calma, eu não vou te fazer mal. Eu tô sozinha, preciso de um lugar pra ficar hoje a noite, poderia me ajudar? - falei me fazendo de coitada, mas não era mentira

- Seu nome? - perguntou

- Jayla Dixon, prazer - falei - e você?

- Hanna Cameron - ela me olhou de cima a baixo - entre...

Ela falou e me deu espaço para entrar na casa. Assim que entrei vi um garotinho sentado no sofá da sala, com os olhos marejados. Esse era o choro infantil que eu estava escutando.

- Está sozinha desde o começo? - a mulher perguntou chamando minha atenção

- Estou, eu estava no hospital quando tudo começou - falei a olhando

- É médica? Enfermeira?

- Não, eu estava internada e desacordada. Tive alguns problemas e acabei ficando desacordada por, mais ou menos, três dias. - expliquei

- Ah, sim. Esse é Robby, meu sobrinho - ela falou apontando para o garoto

- Eai cara - falei o cumprimentando

DESTINADOS - Shane Walsh Onde histórias criam vida. Descubra agora