10.

269 31 34
                                    

heloísa

— E aqui é meu quarto. – mostro sorridente. — Não deixei com a minha cara já que eu não pretendo ficar na saia do meu irmão por muito tempo.

— É a sua cara sim. Aparentemente organizado, mas eu garanto que se eu abrir a porta do guarda-roupas vou ver o caos instaurado. – In diz rindo.

— Ei! – repreendo. — Eu não te entendi.

Ela ri mais ainda de forma divertida. — Aonde eu posso deixar minha mochila?

— Aonde você achar melhor amiga. Fica de boa. – sorrio pra ela e me jogo na cama puxando meu celular.

— Tem certeza que não vai vir nem um jogador hoje né? – ela me pergunta apreensiva se deitando do meu lado.

— Tenho. Disse pro Léo que hoje era dia das meninas. – sorrio pra ela. — Falando em Léo. Ele deixou o cartão pra gente, quer gastar?

— Que horror mana. – ela ri. — Quero. Não posso desperdiçar uma oportunidades dessas. — brinca.

— O que quer comprar?

— Comida. — solto uma risada alta com a resposta dela.

— Meu Deus cara, você come muito. — balanço a cabeça. — Deixa eu adivinhar, quer doce né?

Ela assente toda felizinha.

— Formiguinha.

As bochechas dela coram. — Verdade. Eu falei de você pra alguém que vai adorar te conhecer se não estiver em São Paulo. – digo animada pegando meu celular.

Minhas bochechas esquentam quando eu vejo a mensagem de Erick. Ingrid está do meu lado na hora e eu não consigo esconder o celular.

Erick.
Sonhei com você essa noite, jurei que seu cheiro tava no meu quarto de verdade.

— Ai.. que coisa mais linda. – Ingrid diz sorrindo, os olhos brilhando.

— Para. – digo corada. — Ele não pode fazer isso comigo. Deve ter alguma cláusula que me permita processá-lo por isso.

— Por isso o quê dona querida? – In ri.

— Por ter me feito me apaixonar por ele. – solto sem pensar.

Já se foram três longos meses desde que começamos a ficar juntos. E eu não consigo escapar de tudo o que eu venho sentindo, não que eu tenha tentado evitar. Mas também não esperava que fosse ser tão rápido.

— Mentira! – Ingrid berra. — Tá apaixonada mesmo?

— É. Tenho grandes chances de estar. – suspiro.

— Sinto muito amiga. Deve ser horrível estar apaixonada por um homem daquele porte, bonito, rico, gostoso, atencioso, carinhoso. – Ingrid ri. — Queria ter os seus problemas.

— Não esquece do outro lado da moeda.

— E qual é?

— Meu irmão existe. – relembro ela.

— Ih. Real.. – seu semblante muda.

O interfone toca. — Doces. – digo comemorando.

Nos levantamos e vamos apressadas até a portaria.

Dois açaís. Vários pacotes de bala fini. Chocolates. Salgadinhos. Refrigerante.

— Vou ir embora parecendo uma bola. – Ingrid diz assustada. — Não precisava disso tudo amiga, só o açaí tava bom.

Older. | Erick PulgarOnde histórias criam vida. Descubra agora