08.

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heloisa

— Vai. Mais um. – digo pegando mais um m&m de amendoim e jogando sua direção, ele pega o mesmo e mastiga sorridente me trazendo mais pra ele ao cruzar mais aos pernas quais eu estava sentada no meio. — É. Você é bom em muitas coisas.

Ele ri pelo nariz. — Mas o beijo ainda é o melhor né? – suas sobrancelhas sobem e desce, eu dou risada.

— Quanto ego. – sua mão alcança meu rosto e ele mexe em uma mecha do meu cabelo. — Mas sim, até agora, sim. Essa música é boa. 

Te conheci através de um amigo
Que disse que tu era muito louca
E disse que tu combina comigo
Teu beijo é o número da minha boca

Movo o corpo fazendo uma gracinha enquanto sua mão alisa minhas costas.

— Eu nem sabia se você gostava. – ele ri. — Só coloquei uma playlist que o Gabi compartilhou comigo quando eu pedi pra conhecer umas músicas brasileiras.

— Ah é? – ele concorda e desbloqueia o celular, me fazendo rir. — Essa playlist é minha.

— Não é não. – Erick diz.

— É sim, olha o nome do usuário. – os olhos dele arregalam levemente quando olha e então ri.

— Caraca. É mesmo. – ele sobe o olhar. — Então quer dizer que você chegou na minha vida antes mesmo de chegar no Rio. – as mãos alcançam minha bunda, me puxando mais para cima enquanto ele arruma as pernas embaixo de mim. 

— É. Eu acho que sim. – toco a pinta no lado esquerdo do seu queixo e ele apenas me observa recebendo o toque.

— O começo me lembrou você da última vez que eu ouvi indo pro CT. – ele se refere a música.

— Tá lembrando de mim ouvindo músicas? – dou uma risadinha e balanço as sobrancelhas. — Será que é perigoso?

— Não sei. Será? – ele faz o mesmo movimento com as sobrancelhas. — Tomara. Estou doidinho pra correr perigo.

— E eu não sou muito louca. – me defendo.

— Estamos falando da mesma baixinha de olhos grandes, não estamos? – sua provocação é engraçada.

— E estamos. – jogo meus braços em cima dos ombros largos e aliso sua nuca com a ponta das unhas.

— Eu acho que não estamos. A baixinha que eu estou me referindo é linda, mas já deu pra ver que não é muito certa nos pensamentos. – finjo me ofender.

Os lábios tocam os meus e a sensação conhecida me atinge de uma forma explosiva. O polegar alisando meu maxilar enquanto a outra mão tocou minha cintura, os olhos fechados e a expressão relaxada.

Fecho os olhos e me coloco de joelhos, fazendo com que ele fique menos arqueado para poder me beijar. E eu me encontro esperando por mais quando levo as mãos a sua nuca, a mão dele desce um pouco e encontra a lateral do meu quadril, apertando sutilmente o local.

Encaixou de uma forma intensa e quente. Parecia certo, da forma mais sincera falando, parecia que era o que tinha que acontecer. Esse era o maior problema, porque por mais que o sentimento de culpa me atingisse as vezes, eu ainda sentia que estava fazendo a coisa certa.

O nariz tocou o meu e alisou com carinho. Soltei um longo suspiro enquanto ele não tirava os olhos dos meus antes de ter meus lábios tomados mais uma vez, meu corpo amoleceu quando os braços dele se tornaram firmes em volta da minha cintura enquanto a língua dançava com a  minha de forma sincronizada.

Older. | Erick PulgarOnde histórias criam vida. Descubra agora