11.

255 27 24
                                    

— Nos encontramos na próxima sexta-feira. Não se esqueçam de responder o questionário emitido em sala de aula. – o professor diz e Ingrid se vira pra mim guardando os materiais na bolsa e revirando os olhos.

— Odeio essa aula. – ela diz sincera.

— Se não fizesse essa aula. Não teríamos nos conhecido. – digo sorridente.

— Eu amo essa aula. – seu sorriso é falso.

E eu dou risada.

— Quer ir lá pra casa almoçar? – ela pergunta. — Minha mãe vai fazer massa.

Meu celular vibra e eu mostro a ela o nome na mensagem. 

— Deixa pra lá. – ela diz revirando os olhos. — Ele disse que tá te esperando.

— Hum? – meus olhos ficam arregalados. — Será que ele tá aqui?

— Sim. Ele disse, "sua aula terminou? estou aqui fora" – Ingrid me diz e eu pego o celular novamente.

— Meu Deus. Ele é doido será? – pisco atônita.

— Eu acho que ele tá é doido de saudade. E ele viaja amanhã pra jogar domingo né amiga. – suspiro.

— Ai.. verdade. – fecho os olhos e solto um longo suspiro. — Eu fico com tanta saudade dele.

— Mas vocês ainda se falam por mensagem né..

— Não muito. – já estamos saindo da sala nesse momento. — Erick disse que gosta de se concentrar de verdade. 

— Hum. E? – ela me olha. — Sempre tem um E. Não confia nele?

— Confio. Perguntei pro Gabi e ele disse que o Erick fica jogando vídeo-game pra esvaziar a cabeça.

— Então não somos só eu e sua mãe a saber? – nego gentilmente. — Humm...

— Ele é confiável, não vai falar para ninguém. — afirmo pra ela, que sorri concordando.

— Ok. Bom almoço querida, depois nos falamos. — ela beija meu rosto, se afastando. — Próxima aula almoço na minha casa.

Faço sinal de legal com a mão, enquanto aceno pra ela.

Vejo o carro dele estacionado na outra rua, e ando rapidamente até lá.

— Oi lindo, não achei que viria. — sorrio, surpresa.

— Eu não estava aguentando de saudade. – ele segura meu rosto e me aproxima dele, me beijando com demora. — Humm.. que boquinha gostosa.

— Para. – dou risada. — Não vai mais treinar hoje?

— Menti que estava com sintomas de gripe pra poder vir te buscar. – ele ri divertido.

— Que mentiroso. — debocho, soltando uma risada, sendo interrompida por inúmeros selinhos depositados nos meus lábios, me fazendo cessar a risada leve. — Também estava com saudades. — apoio minha mão em seu peito, sorrindo, enquanto reparo nos detalhes bonitos do seu rosto.

Céus... eu estava apaixonada mesmo.

— Vamos lá pra casa. Vou fazer um almoço pra gente. – ele diz.

– Hum.. eu gosto da ideia de comer. – ele ri.

—Espertinha. — da um beijo na minha testa, se afastando pra ligar o carro e eu continuo parada sorrindo em sua direção. — O que?

—Nada, você... só é lindo. — elogio, e ele sorri sem graça.

A casa dele era muito mais perto da faculdade do que a minha. Foi incrível estar dentro de uma casa em quinze minutos, não em quarenta e cinco.

Older. | Erick PulgarOnde histórias criam vida. Descubra agora