• Capitulo VII •

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“Sua naturalidade me deixou indefeso, me rendi aos seus encantos, um toque de carisma e profunda delicadeza

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“Sua naturalidade me deixou indefeso, me rendi aos seus encantos, um toque de carisma e profunda delicadeza. Sorriso espontâneo, oh, deusa da beleza.”

– Inacio Andre

Após alguns minutos de um abraço silencioso e a calmaria de um choro sofrido e longo, Bárbara finalmente pôde respirar tranquilamente sem soluçar na frente do melhor amigo que ainda em silêncio alisou seu rosto o enxugando. Por fim beijou sua testa e se levantou, deixando Babi assustada por um segundo, com medo de sua ida, mas logo ela se tranquilizou ao vê- lo trancar a porta do banheiro, respirar fundo ao passar as mãos pelos cabelos, antes de olhar em direção dela, sem saber o que dizer, como ajudar ela naquela situação.

O que falar para alguém que está quebrada por dentro?

O que se diz quando se percebe que sua melhor amiga passa por algo assim em silêncio?

O que fazer com o aperto no peito se sentindo tão inútil?

São os questionamentos que lhe deixam atormentando pelos próximos segundos em que se senta embaixo da pia do banheiro, sorrindo fraco ao dar alguns tapinha no chão, bem ao seu lado, chamando Babi para se sentar ali, ela fungou, e suspirou deprimida ao se levantar com calma indo se sentar ao lado de Giovanni, que até então não tinha dito nada. Bom, ele nunca imaginou que sua melhor amiga pudesse ter um transtorno alimentar, não queria acreditar de fato que aquilo estava acontecendo, mas se parasse para pensar não era difícil chegar nessa conclusão sem vê- la colocando tudo para fora em uma privada, pelo menos para ele que conhece seu floquinho há tanto tempo, era perceptível que ela bem ela não estava.

As conversas sobre ganho e perda de peso, mesmo sem uma só gordura fora do lugar, as dietas malucas lhe deixando um pouco abaixo do seu peso ideal, a falta de fome constante e as muitas desculpas para regimes malucos, mesmo tendo somente doze anos de idade e uma beleza natural de tirar o fôlego de qualquer um. Estando no meio em que Babi vive ele imaginava que ela passasse por coisas difíceis no futuro, mas não agora, sua pequena só é uma criança para enfrentar um mundo enorme de padrões inalcançáveis e crueis, ela já sofria com a negligência dos pais, não precisava de mais alguma dor.

— Há quanto tempo, floquinho? — Pergunta ajeitando o cabelo dela, em um tom de voz sereno.

— Há alguns meses. — Responde quase sem voz, sentindo o bolo em sua garganta.

— E não me falou por que? Eu sou seu melhor amigo, poderia ter te ajudado, ou tentado.

— Eu não queria preocupar ou decepcionar ninguém, eu… — Hesita ao respirar fundo, se encolhendo, escondendo o rosto entre os braços, enquanto abraçava suas pernas. — Eu tentei cuidar disso sozinha.

— É por isso que não está comendo direito, né?

Ela se encolheu mais, com vergonha, e um tanto hesitante em responder, pois não queria falar o óbvio, falar do que estava fingindo não ver há algum tempo, mentindo para si mesma ao falar e pensar que estava tudo sob seu controle, que estava tudo bem. Quando claramente não estava. Aquela era uma pergunta já com resposta, era uma pergunta idiota, e Giovanni se arrependeu dela no mesmo instante.

Minha Principessa Inesquecível (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora