2° Ato de "A Felicidade em Meio a Solidão".
Kalissa Vitale fugiu do Brasil ainda pequena com seus três irmãos, dos abusos de seus genitores, ao chegar na Itália o seu irmão mais velho se apaixonou e se casou com um Italiano, foi assim ambos se torna...
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“O coração diz a alma: “eu amo, me apaixonei, mas sempre sofro por algum motivo.” A alma responde: “contanto que você ame...”
— ŞEMSITEBRIZI.
Giovanni perdeu a minutos inteiros nos lábios de Mikael, e ao se afastarem os dois não disseram nada, não tinham o que dizer, pois ambos sabiam que viver aquilo era quase impossível, não sem sofrer, e mesmo assim queriam aquilo como se sua vida, naquele instante, dependesse disso, então, como se lesse a mente um do outro, eles sorriram.
E Mika deu um beijo na testa do seu passarinho antes de sair da sala, como uma promessa, de que iam conversar sobre aquilo mais tarde, melhor, que iam continuar o que faziam antes.
Palavras não foram ditas, mas o coração de Vanitas batia forte como se tivesse ouvido a melhor declaração do mundo. Ele via nos olhos de seu anjo, que aquilo não teria fim tão cedo, e sendo um Vitalle, ele tinha certeza disso. Pois todos daquela família eram obstinados e teimosos.
Após voltar a lembrar como respirar, e parar de sorrir feito um bobo, Giovanni saiu da sala do diretor rapidamente, correndo em direção das escadas para o terraço do colégio, onde encontrou a gêmea do seu irmão matando a aula de ciências, distraída ao olhar em direção do gramado de esportes. Assim que ele entrou, a mais velha se virou, e sorriu ao encarar o estado de Giovanni.
— Olha, eu juro que nunca mais faço uma merda dessas. Kally, não sabe o perrengue que passei para pegar isso.
— Imagino que tenha gostado de cada segundo. — Ela fala sorrindo de lado, pegando o pen drive das mãos dele, que a encarou confuso.
— Está falando do quê?
— Sério?! — Arqueia a sobrancelha, sorrindo de lado, como se dissesse: Quem não te conhece que te compre. — Giovanni, você está com os lábios inchados e rosados, com a roupa amassada, coisa que não é do seu feitio e um tanto nervoso, mas prendendo um sorriso, como se tivesse feito a melhor coisa do mundo. E eu tenho certeza que não é sobre invadir o computador de um molestador.
— Caraca. — Exclama surpreso, e a mesma dá de ombros, e fala pela primeira vez na vida sem deboche, ironia ou sarcasmo. — Já te falaram que você é boa de intuição e investigação? Sério, deveria seguir carreira, iria dar certo.
— Já pensei nessa possibilidade.
— Sobre isso, eu…
— Giovanni, pouco me importa se meu irmão e você estiverem ou não ficando, não vai mudar em nada a minha vida seja qual for a resposta. Só espero que não machuque o meu irmão. — Fala dando- lhe as costas, indo se sentar no chão, no mesmo local que ela e Babi geralmente ficam, brincando com o pen drive na mão, e quando ele lhe dá um olhar surpreso, ela dá risada. — Não me olhe desse jeito, é fácil chegar nessa conclusão, afinal, foi com o meu irmão que você foi buscar isso aqui, e você não teria tempo para ficar com mais ninguém vindo para cá. A minha pergunta é: Gosta dele? Seja sincero, amigo.
