• Capitulo XXVIII •

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“Sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser

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“Sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser.”

— William Shakespeare

Giovanni bufou a contragosto ao ouvir aquele nome, não por insatisfação pelo garoto e sim pelo pai dele. E Vicenzo sentiu isso na pele ao ver Raven se virar para ele, ainda abaixado, com um olhar irritado, como se pudesse lhe matar ali mesmo com aquele simples gesto.

Aquilo fez o mafioso engolir seco, tomado pela revolta e mau humor. Não era apenas pela presença do Lorde dos Corvos, mas também pela forma como ele dava tanta atenção ao moleque, que nem sequer tinha a dele ou dos seus homens. Todos na Máfia Italiana conheciam Hades, o filho único dos Fontana. O garoto que nasceu em meio a uma tormenta, levando consigo a vida de sua mãe e atraindo o ódio de seu pai, que jamais o reconheceu publicamente. O pai culpava o menino pela morte da esposa e nunca o perdoou, negando-lhe qualquer atenção ou afeto. Hades crescia dia após dia sob o peso desse desprezo, sempre à sombra de um pai impiedoso. Embora nunca tivesse sido reconhecido, todos sabiam quem ele era. E agora, diante daquele cenário caótico, o Lorde dos Corvos parecia enxergar algo no garoto que ninguém mais via.

O mafioso que observava tudo de longe não conseguia entender por que Raven dedicava tanta atenção ao menino. Seria apenas uma distração? Um jogo de poder? Ou talvez o Lord via algo de si mesmo naquele garoto, algo que o lembrava de sua própria infância amarga e solitária.

“Uma maldição. Mas que bastardo, figlio di puttana. Como pôde?!”

Giovanni pensou indignado, cerrando o punho, ao respirar fundo, com os olhos fechados por um momento, tentando se controlar. Pois naquele instante tudo que ele queria era meter um soco na cara do Don Fontana. Ele colocou esse nome no garoto como um mau presságio, uma maldição, um fardo para a vida inteira, porque de todos os Deuses Gregos, Hades era o mais desafortunado, aquele destinado a caminhar nas sombras, entre os mortos, o senhor do Submundo.

“Desgraçado!”

Xinga Fontana novamente ao voltar a encarar o menino, que o observava curioso, sem medo, sem hesitação em seu olhar inocente. Isso fez Vany sorrir ao erguer sua mão para o rosto do menino, que se surpreendeu por um segundo, apenas.

— Você é mais corajoso que o seu pai.

— Verdade? — Tinha surpresa e incerteza no seu tom de voz, mas seus olhos brilhavam em orgulho próprio.

— Claro. — Concorda com a cabeça, retirando a mão do rosto dele, a quem continua a falar tranquilo. — Sabe quem eu sou?

O menino negou com a cabeça. Então Giovanni, Raven, se levantou e lhe estendeu a mão, falando:

— Me chamo Raven, protetor e ceifador do Submundo, meu trabalho é garantir a harmonia em nosso mundo, e escondê- lo dos outros.

— Você mata pessoas como meu pai?

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⏰ Última atualização: Nov 05 ⏰

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Minha Principessa Inesquecível (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora