capítulo 7

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~Cecília~

Chegando à frente de uma mansão enorme, cheia de cavaleiros com espadas de ferro e armaduras de prata patrulhando o lugar, com luzes brilhantes por toda parte. Chloe colocou uma peruca longa preta presa à máscara para esconder seu cabelo curto, o que me deixou boquiaberta, mas não tive tempo para comentar sobre isso. Ela passou por mim, segurou minha mão e me levou para trás da mansão, enquanto dizia:

Chloe Everhart: Tenho um amigo, ele vai deixar a porta de trás aberta para nós duas.

Emily Timberg: Não seria mais fácil ele arranjar um bilhete de entrada para nós?

Chloe Everhart: - Você não esqueceu nada na hospedagem?

Emily Timberg: - Não, por quê?

Chloe Everhart: - E onde está seu cérebro?

Emily Timberg: - Magoou, não precisa ser tão malvada comigo!

Ela parou em frente a uma porta dos fundos, tocou a maçaneta e, ao abrir, entrou primeiro e me puxou junto, fechando a porta logo em seguida. Dentro do leilão, estávamos em um corredor cheio de lustres no teto, iluminando um corredor repleto de armaduras segurando enormes machados de duas mãos. Chloe, usando a máscara de borboleta, me guiou até outra porta que ligava aquele corredor a um salão onde várias pessoas conversavam e tomavam vinho. Ela se virou para mim e disse:

Chloe Everhart: - Eu vou conversar com meu amigo para te colocar em uma sala para podermos vender seu item. Me entregue a mochila!

Emily Timberg: - Aqui, mas você não vai me abandonar?

Chloe Everhart: - Não, já teria feito isso antes, mas diferente da Emma, cumpro com minha palavra!

Dando a bolsa para ela, Chloe andou calmamente em direção a uma escadaria dupla com corrimão de uma mansão linda. Ficando sozinha em meio a tantos nobres, fiquei nervosa, me sentindo um ratinho na jaula dos leões. Me virei para ir até a parede e ficar um pouco longe daquelas pessoas da alta classe, mas sem querer, me esbarrei em uma mulher alta, ruiva com longos cabelos. Sua pele era clara, seus cílios eram pretos, seus olhos vermelhos, seus lábios macios e delicados, suas bochechas eram avermelhadas como uma maçã, escondendo seu rosto por uma máscara de raposa vermelha. Suas roupas eram lindas de tirar o fôlego. Fiquei envergonhada e apenas disse:

Emily Timberg: - Me desculpe, foi sem querer... Eu não te vi. Perdão!

Sentindo meu coração pulsando, pensando que tinha provocado algum nobre, aquela pessoa não disse nada, apenas tocou minha cabeça, sorriu de leve e passou por mim de forma elegante. Fiquei parada sem entender por que aquela mulher não reclamou ou disse uma palavra. O mais estranho é que não a conhecia no jogo, parecia ser algum personagem de fundo sem interação. Chloe chegou perto de mim, ficou ao meu lado e, olhando para aquela mulher, perguntou:

Chloe Everhart: - Quem era?

Emily Timberg: - Não faço ideia.

Chloe Everhart: - Você só entra em furada. Cecília, vamos, nossa cabine é a 22.

Emily Timberg: - Mas já?

Sem querer demorar, Chloe pegou meu braço e me levou até nossa cabine, passando entre os demais nobres. Entrando em uma sala que lembrava um camarote de teatro direcionado para um palco com cortinas vermelhas, Chloe sentou em uma poltrona e apontou para outra, indicando para eu me sentar também. Ela pegou uma placa negra e disse:

Chloe Everhart: - Eles já vão começar. Os nobres nunca têm interesse nos primeiros lances!

Emily Timberg: - Quanto você acha que vamos ganhar?

the flower of the Kingdom of Crimson RosesOnde histórias criam vida. Descubra agora