capítulo 13

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~Chloe Everhart~

Pisando em um chão de concreto romano no térreo de uma casa, vestida com um manto preto com capuz, luvas pretas e uma máscara de borboleta azul-escuro, caminhei até a borda. Puxei uma luneta de dentro do manto e a estendi em direção a uma mansão aleatória, procurando a área onde as carruagens costumavam ficar durante o dia.

No entanto, não era aquela casa, até porque não havia uma carruagem. Infelizmente, era mais uma casa sem sinais de Cecília. Ajoelhei-me no chão, guardei a luneta e tirei um mapa e uma agulha com líquido vermelho na ponta, riscando vários locais. Coloquei tudo de volta no manto, em um bolso interno. Minha respiração estava um pouco pesada e preocupada, mas, mesmo tensa, fiquei em pé e corri na direção norte da capital, pulando sobre as casas com saltos altos e precisos para não fazer barulho.

Chegando a uma parte mais nobre da capital, dei um pulo em um prédio de sete andares. Segurando a janela, comecei a escalar de forma ágil, como um gato. Na borda da última janela, dei um mortal para aterrissar em segurança no topo do prédio. Andei até a borda mais ao norte, ajoelhei-me e vi uma mansão isolada ao norte, com uma grade separando as ruas do terreno.

Tirei minha luneta novamente do manto e a estendi, observando a mansão e o local destinado às carruagens. Encontrei a elegante carruagem de Emma Timberg, que levou Cecília para longe. Percebi também que havia guardas e um arqueiro vigiando a entrada. Recolhendo a luneta, com uma expressão séria, disse:

Chloe Everhart: - Finalmente te encontrei!

Colocando a luneta de volta no manto, tirei do meu outro bolso uma bússola dourada, com o ponteiro parado no número onze. Uma lembrança veio à minha mente, do dia em que meu informante me mostrou a bússola e disse que era um artefato mágico. Com uma expressão preocupada, apertei o botão. Partículas douradas saíram da bússola e cobriram meu corpo, criando uma ilusão de total transparência e fazendo minha sombra desaparecer.

Fiquei em pé e, ganhando distância, preparei-me para correr. Disparei a toda velocidade, dei um pulo antes de alcançar a borda e, mergulhando, pousei como um gato antes de chegar ao chão. Voltei a correr em direção à rua, esquivando-me das pessoas e da carruagem, passando por baixo e desviando do cavalo. Dois guardas no portal de entrada estavam com enormes lanças de ferro apontadas para cima e vigiando a área ao redor da mansão.

Apesar de estarem na minha frente e usando magia para detectar ocultação, não conseguiram me ver. Portanto, foi fácil passar por eles sem causar alvoroço. Dei um pulo alto, pisei no portão e, ao fazer um mortal de costas, aterrissei na grama para evitar o som. Retornei para o caminho de pedra e atravessei o enorme campo de grama. Esquivei-me de outro guarda patrulhando a área, correndo na lateral da mansão em direção ao ponto onde vi a carruagem do topo do prédio, em busca de pistas sobre o paradeiro de Cecília.

Esquivando-me de mais alguns guardas e empregados da mansão, passei por um janela de um salão de baile e, de relance, vi a silhueta de uma mulher sobre uma pessoa, com um objeto direcionado ao pescoço dele. Não consegui ver claramente devido às luzes fortes, mas ela me parecia muito com Emily, embora com um jeito de Cecília. Um sentimento estranho me fez acreditar que o corpo dela estava ali. Tentando enxergar melhor, aproximei-me da janela, dando passos curtos e tocando o vidro, sussurrando:

Chloe Everhart: - Espero que esteja tudo bem com o corpo da Emily.

Colocando a mão no cinturão, peguei algumas bombas vermelhas, mas percebi que não poderia simplesmente quebrar a janela, pois poderia haver algum artefato protegendo a mansão. Ouvindo passos correndo em minha direção a uma distância de 100 metros, sabia que era arriscado, especialmente porque a bússola dourada tinha um tempo limitado para me manter invisível. Olhei para o terceiro andar, vi uma janela aberta e, agarrando-me na borda da janela, pisei em cima para impulsionar meu corpo, dando um super pulo em direção ao segundo andar. Segurando na divisória entre o primeiro e o segundo andares, escalei e dei um mortal para dentro da mansão, aterrissando em um tapete vermelho. Olhando para frente, sussurrei:

the flower of the Kingdom of Crimson RosesOnde histórias criam vida. Descubra agora