~ Chloe Everhart ~
Do lado de fora, com uma expressão perplexa diante da atitude repentina de Eliotty, me perguntei se talvez eu tivesse exagerado um pouco nas minhas provocações e atuação. Encolhendo os ombros, continuei andando de mãos vazias pelo caminho de pedra em direção à mansão, à procura de Emily e Cecília.
Ao abrir a porta da mansão, passei por alguns mordomos que carregavam um baú para o salão de baile. Subi as escadas lentamente, mergulhando em meus pensamentos, falando comigo mesma mentalmente.
Chloe Everhart: - Ele é peculiar, um pouco difícil de entender, mas é bem bobinho... Diferente de alguns homens nojentos e cruéis que conheço, como aquele tal de Gawain. Não deveria ficar provocando o "cabelo de algodão", mas é divertido. Mesmo assim, foi no impulso, e agora tô aqui me arrependendo de ter feito isso.
Virando o corredor, vi algumas empregadas carregando roupas limpas em direção ao quarto da condessa. Elas sussurravam sobre Emily de forma negativa, brincando que ela parecia um cachorrinho. Ignorei aquilo e continuei falando comigo mesma.
Chloe Everhart: - Espero que isso não resulte na minha demissão, ou pior, numa execução. Não julgaria as ações deles se isso acontecesse, mas não vou arriscar morrer por uma pequena provocação ao cordeirinho do ducado de Glacialis.
Andei mais um pouco e parei em frente ao quarto que agora era dela. Pensei em quantas informações eu poderia ter extraído de Eliotty, mas me deixei levar pela presença dele. Ele me fazia lembrar de alguns animais fofos, como um esquilo medroso. Às vezes, parecia um cachorrinho assustado que caiu de um caminhão de mudança, e em outras, um coelhinho tímido e fofinho. Okay, talvez eu esteja pensando demais nisso. Mesmo tendo uma pequena queda por coisas fofas, isso não significa nada para mim.
Ao abrir a porta e entrar no quarto, vi Meghan sentada na cadeira, braços cruzados, olhando pela janela. Não sabia por que ela estava de guarda ali e não a encontrei. Isso me levou a uma pergunta: como aquela mulher tem um poder ofensivo sobre-humano? Esse tipo de força física, imunidade ao meu veneno, e habilidade mágica não são coisas de um humano comum... Meu corpo gritava ao olhar para ela, me irritando cada vez mais, serrando os punhos, querendo dar um soco naquela arrogante de merda.
Mas não seria bom para mim entrar em um conflito direto com ela de novo, sem ter certeza de que iria ganhar... De certa forma, a ideia de não lutar me acalmava, mas eu ainda não gostava daquela mulher. Ela era uma baita dor de cabeça. E, percebendo minha presença, ela parecia me ignorar, como se eu não fosse uma ameaça. Naquele momento, me senti encurralada, sem saída, tendo que jogar o jogo dela. Era como estar nas mãos de alguém, algo que não sentia há muito tempo. Quanto tempo faz que não sinto isso... Desde quando?
[...]
~ Chloe Everhart - Flashback ~
Andando pela favela, cambaleava com uma das pernas feridas e roxa, além de um corte na bochecha, e o cabelo bagunçado e meio comprido. O cheiro daquele lugar era horrível e impregnava minhas narinas. Em um beco, encontrei um pedaço de escama de um crocodilo mutante dos esgotos... Para minha sorte, aquilo não valia nada. Tanto que as pessoas preferiam destruir ou jogar fora, de tão inútil que era.
Me cobri com a escama dos pés até os ombros, tentando dormir ao fechar os olhos, mas senti uma pressão em cima de mim. Acordei, tentando empurrar, e vi um cara com barba e uma cicatriz em um dos olhos, segurando uma espada de prata. Ele pressionava a escama com o pé esquerdo, fazendo força de propósito, enquanto dizia:
Gideon Valfleur: - Vagabunda, o que acha que está fazendo no meu território de novo? Hein? Já mandei você ir embora! Aqui não tem lugar pra você.
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the flower of the Kingdom of Crimson Roses
RomanceA história girar em torno da nossa protagonista Cecília que tinha um relacionamento bem difícil com sua família, um certo dia ela comprou um jogo chamado the flower of the Kingdom of Crimson Roses que mudaria a sua vida após um terrível acidente que...