| CAPÍTULO 31 | Leitinho quente pra dormir

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Se revirava na cama, tentava fechar os olhos, apelou até para a contagem de carneiros, mas nada surtia efeito. Podia ouvir o suave som da irrigação no jardim, junto às cigarras e o sussurro da brisa noturna.

Era uma delícia se pegar pensando no Jeon mais velho, ver a carinha que ele ficava, perdendo a pose, te vendo controlar ele ao ponto de tirar suas ações, isso te fazia sentir, sim!

Sempre que pregava os olhos, vinham aquelas imagens; fodida de lado, por trás, na bancada, no chão, na parede, a porra do meia nove que te fez esfregar a bucetinha na cara do Sr. Jeon Jungkook.

O clima estava geladinho agora, mas havia uma leve cobertura de suor bem acima do seu corpo, mantendo o calor preso conforme passava as horas.

Os braços de Donghyun envolviam frouxamente sua cintura e pensava em mil e uma formas de sair sorrateiramente, sem que seu “ex-atual-namorado” desse falta. Se sentiu suja, falsa e mentirosa com a própria tentativa de dar o troco em Jungkook, seguindo exatamente o desejo de distância dele e usando a volta com o filho pra isso. Culpava as circunstâncias, era maior do que sua consciência de certo e errado.

Deslizou com todo o cuidado do mundo do músculo tenso de Donghyun e conseguiu, furtiva, sair do embolado do seu namorado de mentirinha.

Vestia a única muda que tinha disponível na casa; seu novinho babydoll de cetim branco, de alcinhas finas, seu presentinho. O frio te pegou em cheio, mas manteve os passos na pontinha dos pés, até parar em frente ao quarto, agora muito bem conhecido.

Você suspirou, deu duas recuadas, mas se entregou ao período fértil e saudade, sem medo de parar no segundo círculo do inferno de Dante por toda devassidão que acometia agora. Abriu a porta sem anunciar entrada.

E, porra.

Seu homem estava naquela postura de macho. Mesma camiseta social aberta, óculos na ponta do nariz, mangas até os cotovelos, o cabelo numa bagunça quente e a cara fechada indo da tela do notebook até você.

Ele não disse uma palavra, mas te comeu dos pés à cabeça por longos segundos. Ele sabia que viria? Você estava escorada na porta, buscando o que falar. Jogou o cabelo solto para trás dos ombros, expondo a região nua, assim como fez para si mesma no espelho. Tudo piorou quando ele encostou as costas na cadeira giratória, sustentando a pose autoritária.

A mão direita foi na própria coxa musculosa e os lábios que você engoliu horinhas atrás estavam entreabertos. Jungkook te olhava como um predador olha sua presa antes de atacar.

Você — Tô inquieta…

Jungkook — Algum motivo em particular? — A voz grave te entregava bem a ideia de que ele sabia a resposta.

Percebeu que o pai do seu namorado gostava de quando implorava as coisas para ele, quando jogava fora a dignidade e botava em palavras audíveis todas as sujeiras que queria que fossem feitas com você.

Vocês foderam feito animais e gostou disso, desejou mais. Pararam por segundos como pausas num ringue, apenas para beber água, e voltaram a foder de novo e Jeon tinha uma disposição, uma força, que garotos da sua idade deixavam a desejar.

Não sabia que isso era tão delicioso até não conseguir parar de fazer com um homem mais velho. Um homem gostoso e vinte anos mais velho.

Era esse o motivo em particular, Jungkook.

Você — Você sabe…

Jungkook — Sei? — O tom era de deboche, acompanhado daquela expressão cínica e carregada de lascívia.

Não parecia o mesmo senhor mandão que tinha dado um tratamento de silêncio em você; questionou se era efeito do álcool.

Você — Jungkook… — Sorriu. Sentiu que com o movimento a alça de seu babydoll deslizou devagar pelo seu ombro, revelando um pouco de seu seio.

Pai Do Seu Namorado | EBOnde histórias criam vida. Descubra agora