| CAPÍTULO 2 | Querida

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Este capítulo está em ajustes e modificações

Aquilo foi como uma verdadeira montanha-russa para você. A mera ideia de que aquele cara era pai do seu namorado era simplesmente inacreditável.

Acontece que você gostaria de ter o conhecido de uma forma um pouco diferente.

Fechou os olhos e respirou fundo, tentando se purificar e recuperar o equilíbrio que ainda restava. Não conseguia entender sua reação irracional diante da situação.

Não era nada demais, ele era normal...

Ao chegar em seu bairro, você estava verdadeiramente perplexa em relação a como alguém poderia ser tão focado no sucesso. As respostas enigmáticas de Jeon Jungkook apenas intensificavam a sensação de que ele era um homem misterioso, indecifrável.

Ah, e a pergunta sobre ele ter sido pai cedo, sobre ele ser gay!

Por um momento, você quase perguntou sobre a esposa dele.

Arrepios percorreram seu corpo. Não podia acreditar que tinha cometido uma gafe tão grande.

Olhou para o céu. Trovejava, sinal de que cairia uma tempestade em breve.

Precisava mesmo ser lavada pela chuva. Na verdade, desejava poder se enfiar em um buraco de lama. Toda vez que pensasse nisso, sentiria uma vergonha imensa.

Contudo, com toda a certeza, Senhor Jeon era um enigma intimidador, algo que qualquer um poderia notar e desejaria desvendar, alguém vivido e que tinha feitos para contar.

Sacudiu a cabeça, percebendo que ele era pai do seu namorado e por Deus tinha o dobro de sua idade para crushar assim. Meu Deus, o que estava pensando? Abandonou as ideias completamente.

Esqueça isso! Você não quer desvendar nada.

Decidiu que, no geral, não deveria mais pensar nisso. Estava namorando o filho dele e era só isso. Não tinha nada a ver com esses pensamentos, estava apenas surpresa por ele não ser o que esperava, claramente.

Finalmente chegou ao seu modesto condomínio. Desde a morte de seus pais, morava com Kate, sua irmã mais velha.

Ao entrar em casa, sabia que ela iria querer saber sobre a noite, como sempre. Dependendo de sua resposta, provavelmente ouviria sermões inacabáveis. Por sorte, sua irmã ainda não tinha retornado do trabalho.

Entrou e acendeu as luzes. A casa estava vazia. Como diria para Kate que estava tão entretida com o pai do Donghyun, que nem pensou no seu namorado hora alguma? É errado em muitos sentidos. Ridículo!

Lançou sua mochila no chão e se jogou no carpete felpudo da sala, mirando o ventilador de teto rodar devagar sobre você.

Donghyun é a única pessoa que importa, você o ama, estão em um namoro que vem a se tornar sério. O ama?

Deus, estar em uma relacionamento é tão difícil. Parece que sempre deve haver uma certeza. Morno demais é ruim, mas nada fica frio demais ou quente demais por muito tempo. Quem gosta de café morno? Ninguém!

É uma constante ansiedade para manter as coisas em equilíbrio, fazer as coisas certas, mas isso é quase impossível.

Essa pergunta rondava sua mente, enquanto via desenhos imaginários nas rachaduras. Tomou coragem para se levantar e iniciou a transcrição da entrevista.

Assim que se cansou e o estômago reclamou, deixou seus cadernos e papéis espalhados pelo balcão da cozinha. Usaria o fim de semana para concluir.

Quando a fome apertou, decidiu focar em fazer o almoço. Ligou a playlist favorita, abriu a geladeira, pegou a carne moída, a manteiga e a mussarela. Chutou a porta com o pé enquanto colocava tudo na pia.

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