| CAPÍTULO 20 | Na Garupa

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Estava muito silencioso. A luz estava apagada. Se sentia confortável e quentinha nesta cama macia e espaçosa. Hum…

Abriu os olhos, e, por um momento, se recordou do ambiente asseptico. Tranquila e serena, foi esticando o corpo, com um gemido preguiçoso.

Espera, o que?

A cabeceira tem um formato de um sol imenso, preto. Estranhamente familiar, junto daquele perfume. Quarto amplo, arejado, mobiliado luxuosamente em tons de marrom, preto, dourado, bege.

O ar condicionado estava ligado para você, um cheiro masculino delicioso naquela fronha. Era um colchão tão grande. Você esteve deitada nele uma vez, tão pouco para se lembrar de como era ser abraçada pelo ninho fino.

Passeou as mãos, as pontas leves dos dedos, pelos lençóis de seda escuros, cinzas e pretos

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Passeou as mãos, as pontas leves dos dedos, pelos lençóis de seda escuros, cinzas e pretos. A frente da cama tinha uma jacuzzi de madeira e a sacada com vista impecável para todo o jardim do casarão.

Aos poucos foi acordando...

O quarto presidencial, particular. Sabia muito bem quem era o dono que gostava daquelas cores. Viu as fotos de Dong desde o nascimento até a adolescência no porta-retrato alinhados na moldura do seu espelho da penteadeira. Uma TV de tela plana estava pendurada na parede, o cabo de força conectando os aparelhos eletrônicos.

No cinzeiro há tantos cigarros apagados, um cheiro de licor suave. Um relógio grande com uma pulseira de couro e ouro estava em um prato sobre sua cômoda, pulseira, cordões de prata. Uma luminária preta com uma cúpula cinza, mas agora percebeu que ela pode mudar de cor, com uma luz sutil da lua passando através das brechas nas persianas parcialmente abertas.

Jesus! Se sentou de súbito na cama. Como veio parar no quarto do Senhor Jeon Jungkook?

Você arregala os olhos. Lembranças fragmentadas do que aconteceu a pouco lentamente te assombram e você caiu de sono. Quase foi dessa, pra melhor, ele veio, te salvou e você só quis dormir.

Amanhecia lá fora.

Se contraiu, mas não lembrava de vir para cá. Estava de camiseta masculina, sutiã, calcinha, mas sem meias, sem acessórios. Puta merda! Ele te vestiu.

Olhou para a mesa de cabeceira de novo e tudo que era seu estava ali, bem dobrado. Na superfície, há um café da manhã com suco de laranja e comprimidos, com um post-it. Ibuprofeno.

“Coma tudo”

Sua obsessão por controle está em todos os lugares. Sem reclamar, comeu. Estava se sentindo bem, apesar dos apesares, provavelmente estava muito melhor do que merecia.

Se levantou e se arrastou para o banho. Ele não se importaria, já que te botou em sua cama.

Procurou pelas gavetas do banheiro e encontrou um secador, agradecendo. Após a ducha, secou o cabelo como podia, lhe dando forma com os dedos. Quando terminou, parou diante da pia.

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