| CAPÍTULO 35 | Minha família, minha mulher

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De imediato, Jungkook tampou sua boca e com o susto, sobressaltaram.

Você — Ai! — bateu a cabeça no encosto da cama, liberando uma lamúria de dor — Cacete.

Numa atrapalhada só, acabou sentando de mal jeito nele também. Jeon conteve a dor, engolindo. Os segundos se arrastaram enquanto pulsava no local onde você havia batido. Seu olhar cruzou com o de Jungkook, ambos num misto de surpresa e falta de reação. Saiu de cima, perdendo o contato gostoso e agora tomando conta pra que seus passos não ecoassem no andar de baixo.

Ele apenas balançou a cabeça com um sorriso leve, mas não se moveu. Notou como ele segurava discretamente os países baixos, e um lampejo de constrangimento te fez corar ainda mais.

Você — Meu Deus. Desculpa.

A reação de Jungkook foi uma risada contida, seguida por um gemido abafado quando tentou se ajeitar na cama. Ele não dizia nada, as mãos seguravam a área abatida num aperto, como se tentasse conter as pontadas e a náusea que subia, puro suco do soldado extremamente ferido.

Jungkook — Tudo bem. Acontece. — Respondeu rouco e dolorido, jogando a cabeça contra o travesseiro, vendo estrelinhas no teto.

No susto, acabou pondo pressão o bastante ao ponto de magoar as bolas do homem, tanto que sequer notou. Certamente precisaria de um pacotão de ervilhas congeladas. O peso de uma bunda era o peso de uma bunda.

Jungkook — Machucou? — apontou com os olhos para o local onde você havia lesionado.

Achava uma graça. Mesmo com o saco esmagado, ainda se preocupava com sua situação. Jungkook conseguia deixar de ser um ogro e virar um príncipe quando queria.

Jungkook— A gente precisa ir pra uma casa bem longe. Eu tô falando sério. Outro lugar  — não se conteve, acabou rindo. Tinha se irritado bastante, era um empata-foda atras do outro.

Ergueu o ombrinho e concordou:

Você — Não é uma má ideia — logo deixou ele de lado e catando o resto da roupa pelo cômodo — Se veste.

Não que ele se encontrasse completamente sem roupa como você, mas pra sair do quarto teria que fechar a calça e a camisa, ou aí sim seria estranho.

Você — Desculpa de novo… — murmurou, tocando de leve o braço dele, dando uns beijos. Queria rir, mas seria cruel demais. — Vai ficar bem?

Ele te olhou com uma forjada feição de tranquilidade, enquanto a sudorese atacava cada poro. Todos os seus futuros filhos e irmãos de Dong se contorcendo de dor.

Jungkook — Está tudo bem. Nada que você não possa cuidar depois.

Você — Besta.

A ideia de escapar para longe ganhava forma em sua mente, seria bom que não tivessem a necessidade de fugir da cama um do outro como dois criminosos.

Tinha que meter o pé dali o mais rápido possível, de preferência, antes que Donghyun te buscasse, o que achava improvável até o momento de dar de cara com o pai e você para a veracidade da mentira, mas, veja bem, o homem estava maravilhosamente nu bem ao seu lado, então, sem problemas.

O tac-tac das escadas fez os olhos esbugalharem ainda mais, jogando o cinto, antes pelo chão, na coxa coberta.

Você — Se veste!

Jungkook desceu finalmente as escadas, tinha tomado um banho rápido pra espantar a cara e o corpo de quem tinha feito sexo, tirar seu cheiro dele e, principalmente, diminuir o restante de dor que o acometia. Os feixes suaves que entravam na sala iluminavam o ambiente, criando as sombras dos três jovens conversando sabe-se lá sobre o que.

Pai Do Seu Namorado | EBOnde histórias criam vida. Descubra agora