XI

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POV AMÉLIA
16 de Junho de 1927

Eu me sentei no sofá e comecei a analisar os quadros na parede, que pareciam bastante diferentes do que eu estava acostumada a ver. Evan gosta de ficar redecorando a casa, se ele enjoa de como está, ele vai lá e muda os móveis de lugar.

Essa era uma de suas maneiras estranhas de expressar sua personalidade única. A própria casa refletia seu estilo: era pequena, mas extremamente aconchegante e ficava no meio de uma linda e verde floresta.

Apesar de toda a beleza que me cercava, eu ainda não achava que era a mesma coisa que a minha. Meio que sentia falta daquela bagunça e do caos que tinham sido a minha vida por um tempo, e eu não conseguia me acostumar com o ambiente sereno e calmo da casa dele.

Ontem ele foi até minha casa, mas só bebemos um pouco e conversamos sobre assuntos casuais. Ele parecia estar de bom humor e não havia nada fora do comum durante o encontro. Mas, hoje de manhã, recebi uma coruja de Pietro dizendo que precisava se encontrar comigo. Ele não especificou o motivo da reunião, apenas que era importante e sério.

Eu não gosto dessas coisas de "Precisamos conversar" eu já começo a ficar nervosa e ansiosa, fico pensando: O que será que eu fiz agora?

- Aqui está!

Ele me tira de meus pensamentos enquanto volta da cozinha com duas xícaras de chá. Ele fez chá... o assunto não vai ser agradável.

Eu me sentei na poltrona à sua frente e peguei minha xícara de chá.

- E então?... - A ansiedade estava me matando

Por alguns segundos, parecia que ele não sabia o que dizer. Meus olhos se movimentaram para ver a reação dele e me deparei com um rosto um pouco incerto e um pouco sem vida. Ele evitava olhar para mim, mas isso não me impediu de percebê-lo

- Não tem um jeito certo de te dizer isso... Baltazar... Fugiu.

Eu congelei no momento que ele me disse, o sangue que corria pelas minhas veias pareceu congelar também. Meu corpo todo começou a tremer e senti uma dor forte na cabeça, minha respiração acelerou e só conseguia ouvir o som dela.

- Como assim? - Disse com uma voz fraca, quase tão baixa que nem eu conseguia ouvir.

- Ele tinha pessoas infiltradas, alguns de seus seguidores... não sei bem como, mas ele conseguiu Fugir.

Eu me senti paralisada, não sabia o que fazer ou o que dizer. Era como se o tempo tivesse parado e tudo ficasse em silêncio. Eu podia sentir meu coração batendo mais forte e o suor resfriando a minha pele. Eu não podia acreditar no que estava acontecendo.

- Fugir agora está fácil? Porque tem tanta gente conseguindo? - Incompetência

Encostei-me na poltrona e levantei a cabeça para respirar melhor. Sentei-me ainda mais na poltrona e fechei os olhos. Senti como se minha cabeça fosse explodir. Era sempre assim quando algo ruim acontecia. Não importava o quão bom estivesse na minha vida, algo sempre acontecia de ruim. E quando eu estava mal, as coisas só pioravam. Eu sentia como se não tivesse saída e que nada poderia ser pior do que isso.

Como se já não bastasse tudo o que está acontecendo após a fuga de Grindelwald, agora temos mais um problema para resolver... Eragon Baltazar

O assassino de meus pais... Está livre.



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Impenetrável - Gellert Grindelwald Onde histórias criam vida. Descubra agora