II

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POV AMÉLIA

Eu não gosto muito de sair de casa, penso que nem sempre receber muita atenção é bom. Claro que eu gosto, principalmente quando as pessoas agem como se eu fosse algum tipo de divindade, o que sem dúvidas aumenta minha autoestima. Mas, pra eles eu preciso ser perfeita e se eu fizer algo de errado sou logo associada às trevas... com isso, ou tudo que faço vira capa de jornal ou o ministério da magia vai atrás de mim, por isso prefiro ficar em casa, na minha e distante da mídia.

Gosto bastante de sair com meu irmão, mas ele é um Auror, então está sempre ocupado e a gente quase não se vê.

Sempre estou sozinha nessa casa enorme então vou aproveitar para sair e caminhar um pouco hoje, ao ar livre.

Tomei um longo banho e pensei sobre o que seria a conversa com Dumbledore. Sabendo que é sobre Grindelwald eu imagino que deva se tratar acerca do que ele tem aprontado... só resta saber o que foi desta vez....

Até onde eu saiba, seu reinado de sangue alastrou-se pela Europa, causando a morte de milhares de pessoas. Sua intenção sempre foi tirar o mundo bruxo das sombras e transformá-los em governantes dos trouxas. Grindelwald entrou fundo nas artes das trevas e suas ações são consideradas tão perigosas que a MACUSA as considera como um "ato de guerra".

Sei sobre tudo isso porque quando ele foi preso era praticamente o que mais se falava nos jornais, e as pessoas realmente ficaram com medo que acontecesse de fato uma guerra revolucionária dos bruxos, afinal Grindelwald é considerado o maior bruxo das trevas

Bobagem....

Fico pensando que talvez seja por isso que o ministério da magia quer tanto falar comigo e provavelmente é sobre isso que Dumbledore quer conversar. Mas, sendo sinceramente sincera, não me importo com tudo isso contanto que isso não me afete, está ótimo.

Resolvi ir para Hogwarts, vesti minha roupa, uma calça jeans preta e uma camiseta manga longa preta e, óbvio, meu sobretudo preto e o único tipo de sapato que tenho, botas.

Pronta para sair resolvi descer e ir até o jardim para poder respirar um pouco antes, e nesse momento paro pra pensar e assumir outra personalidade minha, a Merlin que as pessoas querem que eu seja

...

Aparatei na ponte que dava para a entrada de Hogwarts, eu sabia que essa escola existia mas nunca visitei ela, ao lado tinha um grande rio e ao redor várias montanhas e colinas verdes o que deixava a passagem bem bonita

Meu momento de apreciação acabou quando alguns alunos começaram a aparecer na janela para me ver, vou andando e quando me aproximo da porta, ela se abre pra mim.

Instintivamente coloco minhas mãos nos bolsos do sobretudo, geralmente quando as crianças me vêem querem tocar em minhas mãos e isso é meio desconfortável.

Quando entro no castelo as crianças já me rodeiam, alguns ficam com medo de se aproximar, mas os que chegam perto fazem perguntas como :

"Porque você é ruiva?"

"Solta fogo pelas mãos?

"De qual casa você é?

"Quantos anos você tem?"

Muitos deles me olham admirados mas outros com desdém. Não os culpo, provavelmente os pais deles falaram coisas ruins a meu respeito para eles.

Quando penso em responder alguma pergunta, ouço uma voz:

- Crianças deixem a senhorita em paz.

Viro para o lado e lá está um homem com mais ou menos 1,70m de altura vestindo um conjunto de terno cinza. Não aparenta ter mais de 40 anos, tem cabelos e barba igualmente castanhos e os olhos verdes.

Então esse é o famoso Dumbledore?

Gostei.

- É um prazer finalmente conhecê-la senhorita Merlin, Alvo Dumbledore - Diz o homem estendo a mão a mim

- Pode só me chamar de Merlin - respondo o cumprimentando

- Claro, Merlin. Vamos até minha sala assim poderemos conversar melhor.

Aceno com a cabeça e ele começa a me guiar pela escola, é bem bonita por dentro e tem um estilo vitoriano, suas dependências são bem organizadas, passamos por um corredor cheio de quadros falantes e todos me olharam começando a cochichar entre si em seguida.

Crianças uniformizadas com cores diferentes carregando livros e varinhas é algo comum e diferente ao mesmo tempo, pelo fato de haver apenas 5 escolas espalhadas pelo mundo e todas são diferentes uma da outra e por mais que eu more na Inglaterra bem mais perto de Hogwarts eu nunca cheguei a visitá-la.

Estava tão absorta em meus pensamentos que só percebi que havíamos chego quando Dumbledore abriu a porta e me pediu para entrar

- Fique à vontade - diz quando abre a porta a minha frenre

É um escritório relativamente grande com vários quadros e livros, também tinha algumas mesas finas sobre as quais foram colocados delicados instrumentos de prata que zumbiam e emitem pequenas nuvens de fumaça, bem como uma incrível coleção de livros.

Dumbledore: - Pode se sentar aqui - aponta para uma cadeira almofadada numa mesa de frente pra ele

- Então, porque me chamou aqui?

Dumbledore: - Vou direto ao assunto

Fiz um aceno para que continuasse

Dumbledore: - Grindelwald fugiu.


...


Obs:

Auror: Agentes oficiais especializados e treinados para investigar crimes relacionados com as Artes das Trevas.

Aparatar: Se transportar de um lugar para o outro sem ter que atravessar fisicamente o espaço


Aparatar: Se transportar de um lugar para o outro sem ter que atravessar fisicamente o espaço

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Impenetrável - Gellert Grindelwald Onde histórias criam vida. Descubra agora