O barulho de passos rápidos e barulhentos ecoava na terra por onde Minato corria. A respiração frenética aumentava os tremores e a descrença dificultava o senso de direção. Ele não sabia por onde ia, só se afastava das palavras do papai Naruto.
O céu antes limpo agora prometia chuva que desfocaria ainda mais a sua visão já aguada. Ele não evitou um galho no chão e caiu pela segunda vez naquele dia. A mesma terra agredida pela corrida anterior, foi banhada pelas suas lágrimas. Parecia um pedido de desculpa, e o solo aceitou de bom grado, sentindo pena da criança aos prantos. O que lhe fizeram?
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Minato nunca pensou muito. Ele é uma criança, e crianças reservam mais tempo para serem fascinadas ao invés de melancólicas. Mas naquele momento, qualquer um pensaria profundamente. Papai o amava como deve ser? Essa dúvida o fez divagar...
... Sempre houve uma diferença gritante entre a proximidade deles os dois e dos irmãos. Sarada foi a primeira, Dattebano. Ela teve uma infância inteira para aproveitar com o papai Naruto, mas o pai Sasuke ia nas suas primeiras missões de "merecer perdão".Boruto e Menma chegaram poucos anos depois. Eles conquistaram meia infância com papai, mas foi aí que deu errado. Ele se tornou Hokage e eles deixaram de ser a única família dele. Eu tinha ficado muito feliz quando ele me disse que a família tinha crescido naquele dia. Agora? Eu percebo que ainda não consegui amar a vila como família. Não quando uns me batem pela frente e outros sussurram pelas costas. Eu entendi, mas não compreendi.
Menma e o Boruto foram os mais sortudos. Depois que o papai ficava no trabalho direto, o pai Sasuke voltou depois de anos e ficou pelo maior tempo que conseguiu. Eles, juntamente com Sarada, conheceram ele pela primeira vez.E Kawaki veio quando eu ainda estava na barriga do papai Omega. Ele foi acolhido por ele e deixado aos cuidados do Sasuke. Que mau. E no fim, veio eu, Dattebano. Papai parou um pouco, mas pai Sasuke teve que ir a uma missão muito incrível. Tinha que ser incrível para ele ter ido embora, certo? Ele deve ter ido parar alienígenas super maus enquanto nee-san cuidava de todos.
E papai teve que voltar ao trabalho. Não gosto mais de Hokage. Ele mantém o meu papai longe de mim. Ele é meu e dos meus irmãos. E só um pouco do pai Sasuke. Eu aceito partilhar com ele. Mas não com mais ninguém. O resto da vila que aceite isso.
O estrondo de um trovão cortou a imersão de Minato. Ele percebeu que tinha começado a chover há não sei quanto tempo. Ele tremeu ao sentir o frio a penetrar na sua roupa, tornando-a mais pesada.
"Ele me vê igual ao resto da vila? Eu não quero isso. Ele passa o mesmo tempo comigo e com eles. Ele nem me deu um nome original! Ele pegou o nome do vovô e me deu. Será que ele vê o vovô quando olha para mim? Eu não sei como era o vovô. Eu não quero ser um vovô. Eu quero ser filho do papai."
— EU NÃO QUERO SER UM MAU MENINO! — Gritou, esmurrando o chão com a força de uma criança. E repetiu o movimento a cada grito "NÃO QUERO! NÃO QUERO! NÃO QUERO!"Uma sombra fraca vinda de trás apareceu.
— A fazer birra? Que rude, Uchiha.Uma voz zombeteira.
Minato não vai aturar mais nada deste dia. Ele virou-se com um olhar entre raiva e algo que ele não compreendia o que era. Fazia o seu coração apertar de dor tristemente, mas ele estava com mais raiva no momento.— Me deixem, seus idiotas... — pediu em vão com os dentes cerrados.
Risadas e mais risadas.
O vento se fortificou e mais nuvens carregadas apareceram. Até Minato percebeu que não era normal, mas o de cabelo negro tinha coisas mais importantes para se focar: os malvados à sua frente e escapar da chuva que lhe molhara em todos o sítios.Ele levantou-se e correu, porém foi parado por uma mão no seu braço. Era grande, a mão. Maior do que deveria ser.
... Ele olhou para trás, com olhos incrédulos. Era um adulto que lhe segurou. Ele olhou enquanto processava e só conseguiu deixar escapar uma interrogação de voz fraca:
— ... O quê?Não resultou em grande coisa. Só fez o olhar de Minato mudar para medo diante de um sorriso que prometia dor. Os adolescentes de antes apareceram atrás do homem e um deles falou:
— Ei, tio, você não acha que isso é preciso, certo? — o tom hesitante fez o aperto no antebraço aumentar. Isso disparou alarmes na mente do mais novo. Ele queria fugir, mas não conseguia se mover. Parecia que as pernas não respondiam à sua vontade.— Temos que honrar a nossa vila. O renegado foi perdoado, mas nós nos vingaremos. Nem que seja através dos pirralhos dele. — Ele agarrou o queixo de Minato e encontrou o olhar dele — Não é, sangue imundo?
Minato sentiu um solavanco no coração. Ele precisava de fugir
Fugir.
O seu braço ficou dormente.
Fugir-
Mas não conseguiu.
"Eu odeio hoje. Minato é assim tão mau? Eu quero o papai" Ele chorou e gritou:
— ME SOLTA! SOCORRO, SOCORRO!
PAPAI!Os adolescentes tremiam. Se era de frio ou de medo, ninguém sabia. O olhar do seu tio era a prova do erro deles. Ele aproveitou-se da sua "brincadeira" para se vingar.
...
O Minato entendeu o sentimento que pesava dentro dele. Ao ser atingido por alguém que era suposto ser o seu guardião, atacado pela sua suposta família só por existir.
Era traição
BOOOOM
Um barulho insurdecedor rompeu o silêncio.
CABUUUMM
— AAAAAAAAAAAH — Minato gritou e chorou alto.
O adulto soltou Minato após os raios repentinos e o mais novo berrou para todos os que ouvissem:
— EU NÃO SOU UM SÓ UM UCHIHA!! EU SOU UM UCHIMAKI!
Ele pousou a mão na garganta. Doía.
"Eu odeio dor"BOOOOOOM
Correr.
Correr.
Cor-Ele correu e correu o mais rápido que conseguiu. Se era fugir do homem ou do dia infernal, ele não sabia, mas pouco importava.
O que ele não notou em meio à chuva foi o brilho verde esmeralda a sair do seu colar. Pois o que notou foi que o homem, tendo recuperado da surpresa, corria atrás dele.Minato tentou fugir mais rápido. Nem a adrenalina o salvou. Ele não notou as primeiras pedras que o homem atirava na sua cabeça. Mas ele reparou que as próximas tentativas de o ferir falharam.
— ... O quê? — Desta vez, a interrogação veio do agressor. E Minato viu a luz verde que a pedra emitia e abrandou. O outro ao ver a luz atirou as pedras do chão com mais afinco, mas elas falharam.
As pedras, em vez de acertarem o seu alvo, faziam uma curvatura e acertavam os adolescentes que corriam logo atrás deles. Nenhum dos dois reparou nisso.— Nee-chan — Chamou ele ainda chorando.
Os adolescentes seguraram os braços grossos do tio e, ao ver o sangue no rosto dos sobrinhos (devido às pedras que não sabia que os haviam acertado) clareou a cabeça e foi procurar ajuda. Ele os fez tremer, os seus sobrinhos. (Ele ignorou o choro passado da criança que ele atacou. Talvez o tivesse ensinado a não seguir os passos do pai).⚫⚫⚫⚫⚫⚫🟢⚫⚫⚫⚫⚫⚫
Ele não se lembra de chegar a casa. Nem se lembra dos rostos dos seus irmãos ao vê-lo todo molhado. Só molhado? Ele sentia a nuca quente. Ele apenas relaxou sob o calor de um abraço da sua nee-chan e sentiu-se cair na escuridão... Vendo o que restou daquele brilho.
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Olá estrelinhas 👋⭐
Remanescente: aquilo que sobra, o que resta, que perdura, persistente.
Remanescência: do latim remanentīa, cujo significado é > permanecer <.Eu dei a minha vida para escrever este capítulo. Ainda tenho muito a aprender e melhorar são passos que dou a cada parágrafo. Então, espero que tenham gostado.
Eu não vou abandonar essa história. Nem se demorar dois ou dez anos para escrevê-la. Já me apaguei ao enredo e aos personagens, já era.
Beijinhos estrelinhas 😘⭐
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Uchimakis em ação
DobrodružnéAs famílias Uzumaki e Uchiha se juntaram, formando assim os Uchimakis!!! Uma família diferente e divertida que vai entrar em ação!! Avisos: • Universo ABO • Relacionamentos homossexuais • Relacionamentos heterossexuais • Palavras de baixo calão