12th Grade and Us

Twenty-eight

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COM EMOÇÃO É SEMPRE MELHOR

— Eu deveria ir enquanto seu pai não chega. — digo, deitada no peito do Harry. A sensação pele contra pele é tão boa que não sei como consegui não pensar nela o tempo inteiro durante o período em que estivemos afastados.

Harry acaricia o meu cabelo, ainda um pouco ofegante depois do que acabamos de fazer.

— Você não precisa fugir do meu pai. E eu pensei que quisesse conversar. — ele diz e brinca com o pingente do colar de rosa que me deu ano passado. Ele não esconde no olhar a satisfação de me ver usando o presente mesmo depois de termos nos afastado.

A verdade é que não consegui deixar de usar. Foi um presente muito doce e que mexeu muito comigo, não pude me desfazer. Ainda tenho também os brincos de rosa que ele comprou, mas esses eu enterrei em uma gaveta. Eu conseguiria esconder o colar por dentro da roupa na escola, mas os brincos ficariam muito evidentes sempre que eu colocasse o cabelo atrás da orelha. Estou feliz de poder finalmente desenterrá-los.

— Era a ideia até você me convencer de que beijar e outras coisas relacionadas era mais urgente. — bufo, embora um sorriso satisfeito ameace surgir. Quando nos encontramos finalmente sozinhos no quarto dele, realmente beijar pareceu mais urgente.

Ele puxa gentilmente o meu rosto para que eu o encare.

— Para alguém que preferia conversar você me pareceu muito pouco resistente quando eu estava no meio das suas pernas. — diz ele. Eu enterro meu rosto novamente no peito dele e resmungo algo inteligível. Ele ri e me aperta contra si. — Você ruborizada me quebra, Ambrosine.

— E você me mata de vergonha. E, é sério, é melhor eu ir. — faço menção de me levantar, mas ele me segura no lugar.

— Não, fica. Eu avisei o meu pai que você viria para cá. Ele até sugeriu de jantarmos juntos, os três.

— O quê?

— Ele quer te pedir desculpas. Depois daquele dia desastroso, eu tive uma conversa séria com ele, algo que eu não fazia desde o dia em que ele fodeu com nossa família. — a seriedade na voz dele me surpreende. Afasto-me apenas o suficiente para poder observar melhor o rosto dele. Fico com o tronco parcialmente erguido, apoiada nos cotovelos.

— O que aconteceu exatamente? Tudo bem se você não quiser falar, mas...

— Me pergunte o que quiser, não vou esconder nada. — a expressão dele é diferente de qualquer outra que eu já tenha visto. Harry parece tão... Cru. A máscara de arrogância que ele sempre ostentou com orgulho se foi completamente. Tudo o que eu vejo é um garoto real, não perfeito, mas disposto a se abrir.

— Sempre me intrigou a sua relação familiar. Você não parece muito próximo do seu pai, embora claramente ame Anne.

Harry solta um suspiro leve e se remexe debaixo de mim.

— Se vamos falar dos nossos traumas de infância, é melhor você colocar uma roupa. — ele lança um olhar malicioso para os meus seios nus. — Do contrário eu vou acabar me distraindo e desviando o foco.

Rindo, pesco a camiseta que ele estava usando antes e me visto. É fim de tarde, o dia seguinte a nossa histórica vitória no campeonato municipal. O spring break chegou, o que quer dizer que teremos umas duas semanas de recesso para aproveitar o clima agradável de primavera. Eu não tenho planos de viajar, mas seria legal ir para algum lugar diferente e aproveitar os últimos momentos de high school. Nada nunca mais será igual quando dissermos adeus à escola e olá à faculdade.