Capítulo 2

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Depois que encontraram a chave dentro do barco, os quatro foram até a guarda costeira, como Kiara disse: "Vai que tem uma recompensa". Uma graninha agora não faria mal a eles.

O lugar estava um caos total, com muitas pessoas buscando indenizações por bens quebrados ou perdidos após o furacão. Os quatro andaram pelo meio da multidão com dificuldade até chegarem ao balcão, onde o recepcionista estava agitado conversando com uma mulher sobre um cachorro diabético.

- Ei cara, a gente achou um barco - disse JJ, mas o recepcionista não deu atenção e continuou a falar com a mulher sobre o cachorro.

John B também tentou chamar a atenção do recepcionista, mas o homem apenas os mandou esperar.

- Um cachorro com diabetes, é sério? Vão à merda! - falou JJ, irritado.

Todos se juntaram novamente.

- A gente precisa achar o dono do barco - disse John B, mostrando a chave do hotel.

- Não, não sabemos de quem é o barco, pode ser de qualquer um - argumentou Pope.

- Eu topo! - disse JJ, jogando as chaves para Kiara.

- Vamos lá, a gente só vigia - disse Kiara, tentando convencer Pope.

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Eles estavam chegando ao hotel.

- Achei que o castelo tava mal - disse JJ assim que chegaram.

- Esse lugar tá um horror! - comentou Pope, olhando para o prédio.

- Hotel ou laboratório de metanfetamina? - perguntou Kiara, franzindo o cenho.

- Você que escolhe. Não parece o tipo de lugar onde alguém com um Grandy-White se hospedaria - disse John B.

- Parece mais o tipo de lugar onde alguém com um Grandy-White seria morto - corrigiu Pope.

- Aqui é o capitão falando, HMS Pogue vai aportar - anunciou JJ, pulando do barco e amarrando a corda do barco em um tronco de madeira preso no chão.

- Vamo nessa - disse John B, saindo do barco e puxando JJ junto.

Pope chamou a atenção de John B. - Aí, não deixa esse cara fazer nenhuma merda - disse ele, apontando para JJ.

- Eu não prometo nada - respondeu John B, rindo.

- Cuidado - disse Kiara, indo até John B e entregando a chave do hotel. Pope e JJ se olharam confusos, franzindo o cenho.

John B sorriu e começou a andar junto com JJ para dentro do hotel.

Assim que chegaram no andar de cima, JJ não se aguentou.

-Vê se toma cuidado, John - disse JJ, passando a mão pelo rosto dele.

-Me larga - disse John B, empurrando ele.

-Que palhaçada foi aquela, hein?

-Sei lá, ela quer que a gente tome cuidado.

-Desde que ela soube da sua ameaça de exílio, anda assim. "Toma cuidado, John B, me dá logo seu John P", cara, quando é que você vai encaçapar a gata?

-Você sabe a regra, pogue não pega pogue. E, aliás, é você que dá em cima dela - respondeu John B.

-Claro que eu dou em cima dela, ela é a maior gata, rica e maneira se metendo com a gente. Sei que não rola nada com a gente porque já tentei. Mas e você?

-Aí, você precisa de ajuda, porque é só a garota tá viva que você fica todo babão. - disse John B, provocando JJ com um sorriso malicioso.

John B para de andar - Vinte e nove, é aqui. - Ele aponta pra porta.

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