♞ Quinze ♞

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HANNAH FOSTER

Bem, cai estamos nós. Eu e Alex Coleman, lado a lado, montados nos equinos e tendo uma saída.

Alex disse que ia nos levar pra algo que eu possivelmente iris amar, e quando vejo, era simplesmente a coisa mais linda, uma toalha de piquenique, frutas, uma cachoeira, eu nunca tinha visto algo tão belo. A cada dia, a cada segundo, minuto, hora, ano, século. Eu sempre fico maravilhada ao ver o quão a natureza é bela.

- Isso é...

- Lindo? - ele interrompe, eu assenti.

Alex me ajudou a descer de Pegasus - mesmo eu não querendo. Suas mãos em meus quadris e me colocando no chão.

- Por acaso, já te falaram o quão leve você é princesa? - Alex diz, eu rio.

- Algumas pessoas ja falaram isso...

Ele gargalhou e então sentamos.

Eu não sei se isso poderia ser chamado de... saída de amigos... nao consigo ver como uma simples saída de amigos, vejo algo a mais, vejo o quão eu admiro Alex. O quão boba comecei a ficar com ele. O quão comecei a me apaixonar por ele.

Alex é... diferente. Ele tem essa maneira de ser que é ao mesmo tempo desarmante e encantadora. Às vezes, quando ele sorri, sinto como se todo o peso do mundo fosse retirado de meus ombros, mesmo que apenas por um momento. Ele é lindo, de uma maneira genuína que vai além da aparência física. É seu jeito de olhar para mim, como se eu fosse a única pessoa que importa, que me faz sentir coisas que eu tentei tanto suprimir.

Eu sei que sou vista como ambiciosa, seca, impenetrável. Mas quando estou perto de Alex, há uma suavidade que quase se apodera de mim. Seus olhos, sempre tão sinceros, parecem ver através de todas as minhas defesas. E isso me assusta. Porque ele pode ver a verdadeira eu, aquela que tem medo de ser vulnerável, aquela que tem medo de amar e não ser amada de volta.

Estou apaixonada por ele. Cada gesto, cada palavra, cada olhar - tudo em Alex me puxa para mais perto. Mas a ideia de lhe contar isso é aterrorizante. E se ele não sentir o mesmo? E se, ao revelar meus sentimentos, eu perder a única coisa que nos mantém conectados? Não sei se conseguiria lidar com isso.

Às vezes, fico imaginando como seria confessar. Nos momentos em que estamos sozinhos, penso em como seria dizer a ele o quanto ele significa para mim. Imagino tocar seu rosto, sentir a textura de sua pele sob meus dedos, e sussurrar o quanto o admiro, o quanto o desejo. Mas as palavras morrem na minha garganta, sufocadas pelo medo do desconhecido.

Alex é tão genuíno, tão verdadeiro. Sua bondade e honestidade são raras, e eu não quero arriscar perder isso. Ele é a luz em meio à minha escuridão, o porto seguro em meio à tempestade. Mas, ao mesmo tempo, temo que minha vulnerabilidade possa afastá-lo. Porque, apesar de toda a minha força exterior, sou uma tempestade interna, cheia de dúvidas e medos.

Eu espero que, algum dia, eu tenha a coragem de ser honesta com ele. De dizer que, por trás dessa fachada forte e ambiciosa, há uma mulher que está apaixonada por ele. Que vê nele tudo o que é bom e verdadeiro, e que deseja mais do que qualquer coisa poder compartilhar sua vida com ele. Mas, até lá, continuarei guardando esses sentimentos em silêncio, temendo o momento em que minhas palavras possam mudar tudo.

Mas aqui estamos nós dois, juntos, lado a lado, comendo e rindo.

- Você é tão linda, sabia? - Alex diz, eu congelo e senti meu coração bater mais rápido.

Eu? Linda?

- Ah... - coço a nuca, sem jeito. - Obrigada.

Nós comiamos, eu suspirei e fiquei ao seu lado, então, eu pendi minha cabeça em seu ombro, relaxando ali mesmo. Querendo o silêncio e apenas ouvindo o barulho das folhas, do cheiro da mata.

Amor ou Cavalos?Onde histórias criam vida. Descubra agora