Capítulo 9

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O desgraçado do Marco teve a audácia de vim até a faculdade implorar para voltarmos, eu não aceitei e ele tentou me abusar, eu consegui sair de seus braços após lhe dar um chute nas bolas e corri, para minha sorte Lorenzo me ligou e consegui pedir ajuda, agora eu estava aqui abraçada a ele me acalmando enquanto Marco estava caído no chão fraco e gemendo de dor.

- Ai meu Deus! O que aconteceu aqui!?

Ouço a voz de Valentina e saio do abraço de Lorenzo que me olha sério.

- Você está bem Aurora!?

- Estou... Lorenzo me salvou... Ele tentou abusar de mim...

Volto a chorar e minha amiga me abraça.

- Que nojento! Está tudo bem amiga, você está segura agora.

- Eu já chamei reforços, Marco será preso e perderá sua carteira militar.

- Não... Lorenzo por favor... Não faz isso...

Ele passa as mãos nos cabelos nervosamente.

- É inacreditável! Depois de tudo você ainda o defende!?

- Eu não estou o defendendo... Lorenzo... Você bateu nele... Eu não quero prejudicar você... Em troca dele não te denunciar por agressão... Você transfere ele para outro lugar...

- Puta merda Aurora, eu não posso permitir que esse imbecil saia impune!

Pego em sua mão e o olho profundamente, meu coração batia descompensado sempre que nossos corpos se tocavam.

- Eu te imploro Lorenzo... Eu não me perdoaria se te investigasse por agressão...

- VOCÊ NÃO TEM CULPA!

Recuo com seu tom de voz alto e ele percebe respirando fundo.

- Me desculpe... Mas é que...

- Lorenzo, olha pra mim...

Em um impulso seguro seu rosto para que me olhe e acabo acariciando seu rosto.

- Sou eu que estou te pedindo... Por favor... Só dessa vez...

Ele respira fundo mas vejo que se conforta em meu toque.

- Ok, só dessa vez.

Os policiais chegam e Lorenzo da ordens para que o leve até o posto médico da delegacia e depois o prendam até ele chegar.
Após todos saírem, ficamos somente eu, Valentina e Lorenzo.

- Vem, vamos almoçar.

- Eu... Perdi a fome...

- Não mesmo, se quiser ir até o réu do seu caso, terá que almoçar primeiro.

Bufo irritada com seu tom mandão e olho para Valentina.

- Você vem amiga?

- Não amiga, eu vou ver o Dante para resolver meu caso, nos vemos na sua casa de noite?

Aceno confirmando.

- Thau amiga, bom almoço para vocês.

Nos abraçamos e ela vai embora me deixando com Lorenzo me olhando seriamente.

- Vamos?

Ele acena confirmando e me dá passagem para que eu vá na frente, entramos em seu carro e partimos para o lugar que iríamos comer. O clima era de total silêncio, ele estava irritado e eu decido deixa-lo em paz, meu celular toca e vejo que era meu pai na tela.

Ligação on.

- Oi papai...

- Filha, você está bem!? Aquele imbecil lhe machucou!?

- Não papai... Eu estou bem... Graças ao Lorenzo que chegou a tempo... Como o senhor soube?

- Lorenzo me ligou assim que o prendeu.

Olho para Lorenzo ao meu lado que estava atento ao volante.

- Ah, é claro que ele ligou.

- Filha, porque o defendeu? Aquele imbecil merece perder a carteira! Isso ainda é pouco para ele!

Suspiro fundo.

- Eu não o defendi papai...

Vejo Lorenzo apertar mais o volante.

- Lorenzo bateu muito nele... Se ele perdesse a carteira, ele iria entrar com um processo de agressão contra Lorenzo, essa é a única maneira de que ambos saiam ilesos e sem prejuízos, mas eu pedir que Marco fosse transferido.

- Filha, eu entendo que se preocupou com Lorenzo... Mas ele não se importou com um processo, ele se preocupou com você... Ser transferido não impede que ele vá atrás de você.

- Eu sei papai... Mas essa é a única forma de Lorenzo não se prejudicar, eu não vou me perdoar se isso acontecesse.

Lorenzo aperta ainda mais o volante e vejo o quão furioso estava.

- Entendo filha... Que bom que se importa com ele tanto quanto ele se importa com você... Aliás, se quiser saber, ele seria um ótimo genro...

Arregalo os olhos com o comentário do meu pai e rezo para Lorenzo não  ter escutado.

- PAI! Preciso desligar! Thau!

Ouço ele gargalhar no fundo e desligo.

Ligação off.

Olho para Lorenzo que se mantinha de olhos na estrada e completamente sério.

- Eu não sabia que além de delegado você era fofoqueiro.

- Eu eu não sabia que além de estudante de direito você era freira.

O olho boquiaberta, ele falava sério, eu tentei tirar um sorriso dele mas ele não levou na esportiva.

Vou o resto do caminho em silêncio até pararmos em uma linda mansão.

Vou o resto do caminho em silêncio até pararmos em uma linda mansão

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- Que lugar é esse?

- É a minha casa.

É a única coisa que ele diz após todo o trajeto em silêncio.

"O que!?"

O DelegadoOnde histórias criam vida. Descubra agora