Nᴀᴍᴏʀᴏ ᴘᴏʀ Cᴏɴᴛʀᴀᴛᴏ. (кenji รato).✧･ﾟ:

✧Jantar.✧

Kenji.

Uma semana se passou desde que a Alice, se machucou no desfile, e estamos sem nos falar, eu não parei de pensar nela, que até comprei os remédios que o médico receitou e entreguei para Jessica, dar para ela. Eu sei, sou um idiota, a gente brigou e eu ainda continuei preocupado com ela.

E no fim ninguém descobriu quem colocou o caco de vidro no salto dela, mas a minha garota acha que foi aquela outra modelo, por fim, o assunto foi encerrado, já que as duas prometeram não falar sobre isso, na verdade, nem mesmo a mídia está sabendo desse assunto nos bastidores do desfile, eu só fiquei sabendo quando eu acompanhei ela para o hospital. O importante é que o corte no pé dela não foi tão profundo, apesar delas ter levado alguns pontos, a assessora dela, me disse que ela tiraria os pontos hoje, eu quis acompanhar, mas hoje tem campeonato e eu preciso treinar, desde a última vez que nos falamos, eu não tenho ido bem nos treinos, o que deixou meu treinador furioso.

Alice dos Santos, minha namorada falsa, brasileira, teimosa, e que não sai da minha cabeça. Me pergunto o que ela está fazendo agora?

Estava no campo de treinamento com o novato, tentando ajudá-lo a rebater. Encaro a bola em minha mão, antes de me preparar para arremessar, mas uma presença feminina chama minha atenção, Alice, se senta na arquibancada, mas sua aparência estava engraçada, com ela usando um lenço branco com flores em volta da cabeça e óculos escuros, e um sobretudo branco cobrindo seu corpo.

— O que ela está fazendo? — questiono, sorrindo e o novato, olha na direção que eu olhava.

— Ah, senhorita modelo — ele diz animado e acenando para ela. — Ela veio nos ver treinar, antes do campeonato?

— Vamos fazer uma pausa — digo, me aproximando dele e lhe entregando a bola.

Saio do campo, indo até a arquibancada e me aproximando da mulher, que se levanta.

— Alice? — digo, o seu nome confuso em vê-la. — Por que veio aqui?

— Toma — ela me entrega uma sacola e eu seguro olhando por dentro, vendo uma caixa. — É um relógio, muito caro.

— Por que esta me dando algo assim? — pergunto, ainda confuso.

— Eu vim até aqui me desculpar, por ter te chamado de idiota, trouxe um presente para não vir de mãos vazias — ela explica, parecendo estranha com aquele óculos e lenço na cabeça.

— Por que esta vestida assim? — questiono, realmente curioso, e ela suspira sem acreditar.

— Porque eu sou péssima em pedir desculpas, e assim me sinto disfarçada — ela responde, ajeitando o seu lenço.

— Disfarçada? — me aproximo mais dela.

— É, eu não quero que olhe direto para o meu rosto, enquanto digo as palavras mágicas — retruca a mulher e eu me olho, pelo reflexo da lente de seus óculos escuros. — Me desculpa, eu tive bastante tempo para pensar nessa semana e a Jessica, me entregou os remédios que buscou para mim, foi muito gentil da sua parte.

— E... — inclino minha cabeça para o lado, querendo ouvir mais.

— Você não é idiota, entendo porque se preocupou, e eu estava com raiva daquela modelo e descontei tudo em você, eu sinto muito — ela diz e eu tiro os seus óculos de seu rosto, com ela tenta pegá-los na hora, mas eu não deixo. — O que está fazendo?

— Assim é bem melhor — digo com a gente se encarando. — Fiquei uma semana sem ver seus olhos lindos, e agora que esta aqui na minha frente, não quero ser proibido de olhar.